Quando falamos de inclusão social, ainda conseguimos ver expressões de estranheza ou indiferença. A nossa sociedade ainda não está preparada para algo tão simples como possibilitar e dar oportunidades a todos, independentemente do sexo, da idade, deficiência, etnia, origem, religião, condição económica ou qualquer outra condicionante.

Quando as oportunidades são dadas a todos, sem descriminação, as coisas tendem a acontecer com naturalidade, e existem casos de sucesso, mas ainda estamos longe do cenário ideal. É obrigação de todos nós impulsionar este propósito.

Human Forward Talks #5

Diversidade e Inclusão: da teoria à prática

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As escolas, neste contexto, têm vindo a assumir um papel preponderante, sendo um espaço através do qual se consegue prevenir e combater situações de exclusão social. Existem cada vez mais iniciativas e ações de forma a passar a mensagem correta para as crianças de hoje, que serão os adultos de amanhã. Mas se colocarmos esta tarefa exclusivamente do lado das escolas, continuará a ser uma má e insuficiente aposta. Tem que existir uma clara sintonia entre as escolas e todos os outros fatores que influenciam e continuam a "promover" a exclusão social.

No mercado de trabalho ainda estamos distantes de conseguir o cenário ideal, porque apesar de ser fundamental para o aumento de diversidade, proporcionando mais empatia entre equipas e trazer a todos uma maior e confortável bagagem cultural, ainda existem muitas empresas que continuam a colocar barreiras e a optar por construir uma equipa menos inclusiva.

à mesa do trabalho

à mesa do trabalho: diversidade e inclusão nos processos de recrutamento

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Por outro lado, existem muitos casos que nos inspiram diariamente, que nos permitem sonhar e acreditar num mundo mais diversificado e inclusivo. Testemunhos de verdadeiros impulsionadores de um propósito que deveria ser global, que, por vezes, surgem de quem luta diariamente por uma inclusão justa e sem barreiras.

Recomendo que leia o livro "Ricky", direcionado para as crianças, mas também para os adultos. O autor do livro é um jovem de 23 anos licenciado em Sociologia, que foi diagnosticado, ainda em bebé, com Atrofia Muscular Espinhal Tipo 2, patologia progressiva neuromuscular que provoca o enfraquecimento dos músculos e o condiciona a uma cadeira de rodas. O livro é uma obra que pretende “dar alguma representatividade às pessoas com deficiência”, de forma a passar a mensagem para as crianças e as sensibilizar para a existência desta condição. Utilizam o humor para lidar com as diferenças, para que as crianças riam com as situações do dia a dia, apesar das suas dificuldades. Verdadeiramente inspirador!

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vitor hugo filipe
vitor hugo filipe

Vítor Filipe

talent acquisition consultant, randstad portugal