Alexandra Godinho, Head of HR da corticeira Amorim  e Celso Santos, Associate Director da Randstad Portugal, conversam sobre como garantir a continuidade do negócio na nova normalidade pós-covid.

 

Para ambas as empresas, embora a crise tenha sido inesperada, não consistiu numa obrigatoriedade de paragem total dos seus negócios. A corticeira Amorim continuou a produzir os seus produtos, muitos pertencentes à indústria de bens de primeira necessidade, e a Randstad deu continuidade às suas operações remotamente, optando por realizar entrevistas digitais. 

 

Os convidados comentam a necessidade da elaboração de planos de continuidade de negócio, principalmente no futuro próximo de retoma ao trabalho. Estes têm um papel fundamental para todos as empresas, e devem ser executados tendo como foco principal a segurança das pessoas, pois apenas com a preparação e previsão de possíveis cenários de crise será possível proteger os negócios e antecipar fragilidades. Devem ser também identificadas quais as áreas que podem colocar em causa o negócio, e elaborar cenários de contingência e identificação dos perfis e funções que devem ser salvaguardadas. 

 

Segundo Celso Santos a retoma será lenta, e a velocidade com que esta se desenvolverá será muito dependente da confiança das empresas e dos seus colaboradores. O medo de trabalhar poderá ser um dos principais influenciadores, sendo fundamental que as empresas transmitam segurança às suas pessoas. Também de acordo, Alexandra Godinho acredita que a retoma será influenciada pela comunicação, entre a empresa e os seus clientes e fornecedores, e que será necessário reinventar os métodos de aproximação entre ambos e fomentar a confiança

 

Terminam a conversa sublinhando o potencial da transformação digital como suporte para a continuidade dos negócios, e apelando à consciencialização para a para a mudança, que poderá ser mais demorada e difícil, mas que com o níveis certos de energia e otimismo permitirá obter resultados positivos.