Rodrigo Simões de Almeida CEO da Marsh e Vítor Peliteiro, Diretor de Staffing da Randstad Portugal, comentam cenários de risco e contexto da covid-19 actual.

Num estudo desenvolvido em 2006, do qual a marsh foi integrante, foi identificada a iminência de uma pandemia global como a da covid-19. 15 anos depois deste aviso o cenário confirma-se, questionando a surpresa por parte das empresa que se consideraram pouco preparadas. 

Embora tenha sido um cenário difícil, ambos os convidados concordaram que as empresas portuguesas se adaptaram agilmente e que tiveram com principal foco a saúde e segurança das pessoas .Esta reação foi muito positiva principalmente quando comparada a de outros países.De facto, a boa reação e comportamento por parte dos portugueses permitiu a continuação dos negócios, mas será a resiliência das empresas portuguesas a necessária para enfrentar e reagir a uma crise económica?

Atualmente é necessário começar a preparar o novo normal. O foco deverá continuar a ser a saúde dos colaboradores, sendo importante que seja feito de uma forma segura e preventiva, para que estes se sintam confiantes no regresso ao trabalho.

Para além deste planeamento, é fundamental o papel das lideranças na coesão e preparação das equipas. Futuramente o foco deverá também ser nas identificação das melhores práticas e na reação dos principais riscos que já existiam mas que vieram a ser ampliados como:

- o risco cibernético, que aumentou com o teletrabalho e a que as empresas estão cada vez mais expostos;

- o risco de crédito;

- o risco de liquidez;

- o risco político, principalmente  para quem tem negócios em territórios internacionais;

- o risco de pessoas, pois a solidez psicológica pode estar fragilizada.



Para o retorno à nova normalidade fica também o apelo à preparação das empresas para novos cenários de risco e crises ambientais e à adaptação ao contexto forçosamente mais digital que de repente veio tornar todos os projectos digitais prioritários mas que pode acrescentar mais valor aos negócios.