Numa escala de satisfação de 1 a 5, 4.8 é a média alcançada no final do welcome, realizado no primeiro dia de trabalho; 4.7 passado um mês, no processo de induction; 4.3 no final do primeiro ano na Organização, com a conclusão da nossa onboarding journey. Em 10 pontos percentuais máximos, a nossa média de engagement é de 8.1 e 4 é o valor de satisfação que encontramos no momento de saída da empresa.

Mas que estranha forma é esta de abordar um tema de pessoas para pessoas e sobre a sua experiência, começando por apresentar números?

As pessoas não são números. É a expressão que mais ouvimos. E na nossa Organização não podíamos estar mais de acordo. As pessoas não são de facto números mas os números dizem muito sobre as pessoas. Estes números que aqui apresentamos indicam-nos que estamos no caminho certo. No caminho de proporcionar a melhor experiência aos nossos colaboradores. A atribuição da certificação Top Employeer, pelo 2º ano consecutivo, veio confirmar essa realidade.

Atualmente, o conceito de experiência é cada vez mais falado. Uma pesquisa rápida pelo google e encontramos inúmeros livros que nos chamam a atenção para o tema, apresentando sugestões para captar e reter trabalhadores.

Até já encontramos à venda packs de experiências disto e daquilo. Às nossas crianças também queremos proporcionar experiências. Mais que o brinquedo xpto que, mais cedo ou mais tarde, deixa de ter interesse, as experiências que vivem, ficam na memória. 

Quando fazemos balanços, da nossa infância, dos tempos de faculdade, daquela viagem fantástica, dos anos que trabalhei naquela empresa, o que perdura, são sempre as experiências que vivemos.

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Mas porquê, e em particular agora, que este tema, da experiência do colaborador, está tanto em cima da mesa? Será mais uma moda na gestão dos recursos humanos?

Não acredito nisso, nem quero acreditar. Se é uma moda que seja daquelas que fica de forma intemporal.

Por muitas voltas que possamos dar a todas as iniciativas que implementamos dentro de uma Organização, tudo o que compõe o nosso dia a dia de trabalho tem de ter o seu foco assente em 2 pilares - uma empresa financeira estável e colaboradores que desempenham as suas funções orientados para o cumprimento dos seus objetivos. 

Só conseguimos alcançar estas duas metas se as nossas pessoas se sentirem bem, felizes, seguras. Só assim vamos conseguir trabalhar em colaboração, aumentando o seu engagement e a sua produtividade, cultivando um espaço de trabalho saudável e positivo.

Na nossa Organização já seguimos a “moda” desde há muito.  Mais do que seguir a moda, queremos ditá-la. Podemos parecer presunçosos. Eu não lhe atribuiria essa designação, chamava-lhe antes Orgulhosos. Ser Top Employeer significa estar alinhado ou acima das melhores práticas do mercado no que à experiência do colaborador diz respeito.

Temos, há muito, uma área interna de Employee Experience totalmente direcionada para proporcionar as melhores condições de trabalho e benefícios aos nossos colaboradores, focados na área da aprendizagem, na celebração dos momentos importantes mas também no apoio em fases mais complicadas, desenvolvendo programas integrados de saúde e bem estar.

Mas se já estamos tão bem e consideramos que podemos ser um exemplo nesta matéria, significa que a experiência dos nossos colaboradores é sempre positiva? Não há nada para melhorar? Longe disso!

A relação Organização | colaborador é de complexa gestão. Haverá momentos de satisfação e insatisfação por parte de todos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Temos pandemias pelo meio, novas formas de trabalhar, diferentes gerações que procuram experiências diferentes. O que me proporciona bem estar a mim não é o mesmo que à minha colega de equipa.

Está então claro que temos um desafio gigante e constante nesta matéria. Estamos no bom caminho. Ótimo! Mas não podemos parar. É isso que procuramos fazer internamente. 

Todos os anos reforçamos e melhoramos os nossos benefícios, procurando ajustá-los àquilo que as nossas pessoas precisam para terem a melhor experiência no tempo que estão nesta casa. Queremos igualmente que, quem não está nesta casa, ouça falar bem dela para ter vontade de “viver connosco”. E quem já saiu de casa, no momento de fazer o tal balanço, que este seja positivo, porque viveu boas experiências. Ou em linguagem de gestão queremos captar e reter talentos. Queremos ter embaixadores no momento da saída.

Para que tal aconteça torna-se fundamental ouvir as pessoas, dedicar-lhes tempo. Procuramos fazer isso através da partilha constante de surveys que permite a todos manifestar a sua opinião sobre as diferentes iniciativas. Só em 2021 e integrado no nosso programa interno follow your talent realizamos mais de duzentos 1:1, que designamos de hr checkpoints. Tudo com objetivo final de estarmos presentes. A distância física não vai ser sinónimo de isolamento. 

Comecei a falar de experiência tocando na matemática e nos dados estatísticos, termino com o português e a puxar pelo dicionário. O dicionário da minha filha que está aqui agora em casa comigo enquanto escrevo estas palavras. Estamos em isolamento, e eu estou a trabalhar porque a minha empresa me dá todas as condições possíveis para ter a melhor experiência. 

Mas voltando ao dicionário. 

“ex·pe·ri·ên·ci·a, conhecimento adquirido por prática para se verificar a reação ou funcionamento de algo.”

And Just Like That… é “apenas” isto! Fazer, errar, inovar para proporcionar experiências Top aos nossos colaboradores Top!

artigo de
tânia mendes
tânia mendes

tânia alexandra mendes

técnica de recursos humanos na randstad portugal