<p>A comunicação interna está a mudar lentamente. Continuamos a ver newsletters e revistas com conteúdos que raramente deixam os colaboradores entusiasmados, pois o que estes pretendem é ser ouvidos e levados a sério, privilegiando uma comunicação rápida e honesta.</p>
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<p>Assim, Tom Hank, do HR Institute, identificou algumas das tendências que influenciarão a Comunicação Interna:</p>
<p>1 – Ouvir mais, enviar menos</p>
<p>Em muitas organizações, a gestão sénior fica satisfeita com os processos tradicionais como as análises anuais ao desempenho e os inquéritos anuais aos colaboradores. Esses processos são lentos, normalmente não exigem acção imediata, permitindo à liderança de topo fazer de conta que estão a ouvir, quando não estão. Mas isso vai desmotivar os colaboradores.</p>
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<p>2 – Mais entre pares e de baixo para cima, e menos de cima para baixo</p>
<p>A Comunicação Interna tradicional concentra-se nas comunicações de cima para baixo. Mas iremos observar uma mudança para uma comunicação entre pares, juntamente com uma comunicação de baixo para cima, aproveitando o conhecimento dos colaboradores. Até porque se tornou muito mais fácil reunir boas ideias e opiniões dos colaboradores na organização, sem ser necessário questionários longos e estruturados. Mas é preciso contrariar a tendência natural nas organizações, que continua a ser de cima para baixo.</p>
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<p>3 – Mais personalização</p>
<p>A personalização na Comunicação Interna ainda tem um longo caminho a percorrer. Continua a haver muitas mensagens dirigidas a “todos”, e não personalizadas mediante os perfis individuais. No entanto, já existe, há alguns anos, ferramentas que ajudam a obter informação personalizada. E isso pode ser tão simples como algo que já se faz na comunicação externa: se eu marcar um voo na KLM, perguntam-me por que canal gostaria de receber o cartão de embarque e outras informações sobre o voo: email, WhatsApp ou SMS.</p>
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<p>4 – Avaliação traduzida em acção</p>
<p>Os actuais processos primários nas organizações (“agile”, “design thinking”) exigem um feedback rápido e uma acção rápida com base nesse feedback.</p>
<p>E a analítica da Comunicação Interna pode ser desenvolvida. As comunicações simples de cima para baixo podem também beneficiar dessa analítica. Quantos colaboradores receberam e perceberam a mensagem? Quais os canais que funcionaram melhor, para quais colaboradores? Qual a essência da mensagem compreendida? As pessoas agiram depois da mensagem? Qual o visual que funcionou melhor? A atenção constante só faz sentido se se estiver preparado para uma acção rápida.</p>
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<p>5 – Mais visual e vídeo, menos texto</p>
<p>É evidente que há um enfoque cada vez maior na comunicação visual. E o uso empresarial de redes sociais como o Instagram e o Facebook está aumentar. Estas tendências irão ser cada vez mais incontornáveis e eficazes.</p>