- Taxa de desemprego estabilizou nos 6,3% em maio;
- Apesar relativa estabilidade da taxa desemprego total, os jovens continuam a enfrentar maiores dificuldades no acesso ao mercado de trabalho;
- A população empregada recuou 12.600 mil pessoas em maio face a abril, deixando para trás o seu valor recorde, ainda que continue a superar os 5,2 milhões;
- A remuneração média aumentou 5,3% no último ano tendo-se fixado em 1.520,52€ em abril.
A Randstad Portugal divulgou a sua análise aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de maio de 2025.
Em maio de 2025, a taxa de desemprego jovem em Portugal fixou-se nos 19,5%, um valor ainda elevado, apesar da descida de 3,9 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior. Esta taxa triplica a média nacional (6,3%) e permanece muito acima da média da União Europeia (14,4%), refletindo dificuldades estruturais na integração dos jovens (15-24 anos) no mercado de trabalho. Segundo a análise da Randstad Research, o desemprego jovem em Portugal continua a representar quase o triplo da média nacional, evidenciando as fragilidades persistentes na transição dos jovens para a vida profissional.
“A persistência de uma taxa de desemprego jovem elevada traduz-se no subaproveitamento de recursos humanos qualificados, impactando negativamente a produtividade e a inovação. Para os jovens profissionais, isto acarreta maior precariedade laboral, com a predominância de estágios e contratos de curta duração, comprometendo a sua estabilidade financeira. A monitorização constante deste indicador é essencial para compreender as dinâmicas do mercado de trabalho e reforça a necessidade de alinhar as qualificações académicas com as reais necessidades do setor empresarial, de modo a garantir uma integração profissional eficaz”, afirma Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal.
Taxa de desemprego estabiliza nos 6,3%
De acordo com os dados divulgados hoje pelo INE, o mercado de trabalho português registou uma ligeira variação negativa, com a população empregada a recuar 12.600 pessoas face a abril (-0,2%) e deixando para trás o seu valor recorde, ainda que continue a superar os 5,2 milhões de profissionais empregados. Já a população ativa desceu em 13.500 pessoas, fixando-se nos 5.554.900 de pessoas ativas. A taxa de emprego desceu para 64,9%, menos 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior.
A taxa de desemprego estabilizou nos 6,3% em maio, valor idêntico ao de abril e 0,1 p.p. abaixo da registada em maio de 2024.
A queda mensal do desemprego em maio foi observada apenas nas mulheres (- 4.700 desempregadas), uma vez que nos homens se registou um aumento de 3.800 desempregados.
De acordo com os registos do IEFP, o número de desempregados registados caiu 4,1% face a abril, fixando-se em 300.905 pessoas. Esta descida verificou-se em todas as regiões do país, com destaque para o Algarve (-22,6%) e Lisboa e Vale do Tejo (-3,4%). Em termos homólogos, o recuo foi de 3,0% (-9.358 pessoas).
Já as ofertas de emprego por preencher aumentaram 7,8% face a abril, totalizando 18.133, com 8.770 colocações efetuadas. O setor dos serviços continua a liderar as ofertas, com 9.453 novas oportunidades registadas.
Remuneração média sobe 5,3% em termos homólogos
Segundo os dados da Segurança Social, a remuneração média por trabalho dependente em abril foi de 1.520,52€, representando uma subida de 5,3% face a abril de 2024. Lisboa continua a ser a região com os salários mais elevados (1.776,68€), contrastando com Beja (1.245,58€) e Portalegre (1.265,17€), as regiões com remunerações mais baixas.
Para mais informações, consulte o site https://www.randstad.pt/randstad-research/.