Lê como a progressão de carreira não é um bicho de 7 cabeças:

  • Sofia Cansado

Olá! Sejam bem-vindos ao podcast #EVERYDAYHERO. Hoje vamos falar sobre progressão de carreira e o tema deste episódio é se a progressão de carreira é um "bicho de sete cabeças" e, comigo, eu tenho a Olga Pamplona. A Olga é Regional Business Manager na área de Staffing e vai comigo desmistificar este tema. Olá, Olga! Bem-vinda.

  • Olga Pamplona

Olá! Boa tarde!

  • Sofia Cansado

Olga, gostava muito que te apresentasses, até porque é a primeira vez neste podcast.

  • Olga Pamplona

 É verdade. Então, como já disseste, sou Regional Business Manager da área 3 de Staffing. Tenho 46 anos, dois filhos, um cão, que é sempre um dado importante, fazem parte da nossa vida. Sou licenciada em Matemática e Ciências via ensino. E estou na Randstad há 12 anos. Basicamente, assim é isso.

  • Sofia Cansado

Muito bem. E o teu fun fact? Acho que já deixaste aqui.

  • Olga Pamplona

Pois, se pegarmos aqui na parte profissional, a minha ambição era ser Engenheira Química. Entrei na Faculdade de Engenharia Mecânica e acabei a licenciar-me em Matemática, via ensino. Que curiosamente nunca quis ser professora mas acabei por enveredar e acabar a tirar essa licenciatura. Mas que exerci muito pouco tempo, porque o meu instinto inicial estava certo e não era de todo aquilo que queria.

  • Sofia Cansado

Não era a educação.

  • Olga Pamplona

Não.

  • Sofia Cansado

Muito bem. Olga, este é um tema que dá para conversar muito sobre progressão de carreira. Mas eu acho que o primeiro passo aqui era mesmo definir o que é que é progressão de carreira, pode ser muita coisa. Eu acho que não se resume apenas a crescer numa empresa, não é?.

  • Olga Pamplona

Certo. Eu diria até que se calhar se confunde um bocadinho a terminologia entre progressão de carreira e mudança de função, não é? A progressão de carreira não tem que ser obrigatoriamente uma promoção funcional, chamemos-lhe assim. Porque a progressão de carreira está sempre ligada àquilo que fazemos dentro da nossa área e dos objetivos que traçamos para nossa própria, para o nosso propósito profissional. Portanto, acho que se confunde aqui, um bocadinho, progressão de carreira com promoção funcional e não é obrigatoriamente assim. A progressão de carreira pode acontecer sem nunca mudarmos de função ou sem deixarmos de atuar naquela área em que estamos inseridos. Portanto, há muita forma de fazer a progressão de carreira.

  • Sofia Cansado

Sim. Lá está, eu acho que mudar de empresa, até dar um passo atrás, pode ser progressão de carreira. Como é que nós identificamos estas oportunidades para crescer profissionalmente? Como é que eu vejo, se calhar, pode parecer para outras pessoas um passo atrás mas como é que eu identifico isto como uma oportunidade?

  • Olga Pamplona

Bom. Primeiro, eu acho que nós somos todos diferentes, temos todos ambições diferentes e definimos o nosso trajecto profissional todos de forma diferente. Obviamente, teremos aquelas pessoas que são muito estruturadas e que têm muito bem definido qual é o seu objetivo final, em termos de progressão de carreira e qual é o caminho que tem que seguir para isso. E depois temos outras pessoas que se calhar isso vai acontecendo naturalmente, com a experiência, com o desenvolvimento daquilo que vão fazendo profissionalmente e vão-se apercebendo se é, ou não é, esse o caminho que querem seguir. E, nesse contexto, o mudar de empresa, ou voltar atrás, ou regredir, eu não vejo de forma pejorativa, pelo contrário, vejo como realinhar daquilo que é o meu objetivo enquanto profissional. Enquanto nas minhas ambições profissionais. E nessa perspectiva é com certeza uma progressão, porque a partir do momento em que identificamos que aquele não é o caminho ou que o caminho tem que passar por outro lado, mesmo que isso implique fazer uma regressão funcional ainda que possa ser funcional, ela não deixa de ser uma progressão porque estamos a traçar esse caminho. Estamos a percorrer o caminho que naquele momento vai de encontro ao nosso propósito e aquilo que procuramos.

Portanto, sim. Não é de todo o mudar de empresa, ou um passo atrás, não é de todo uma regressão. Pelo contrário, pode ser mesmo um bom indicador de como estamos a fazer o caminho certo.

  • Sofia Cansado

E é um caminho que acabamos por ser nós a definir, não é?

  • Olga Pamplona

Temos. Eu acho que isso é o mais importante na vida profissional, como na vida pessoal. Os limites devem ser sempre definidos por nós e nunca por terceiros. A vida, às vezes, coloca-nos algumas definições mas acho que no final somos sempre nós que definimos esse trajeto. Também nem sempre temos a oportunidade de conseguir seguir o caminho que traçamos para nós. Às vezes, demora mais um bocadinho mas acho que não há dúvida que devemos ser sempre nós a definir o nosso objetivo e aquilo que queremos. Definir metas, sejam elas quais forem, para no fim alcançarmos aquilo que entendemos que é a nossa motivação, porque as nossas competências, as nossas skills, a nossa motivação, os nossos objetivos também se vão moldando ao longo da nossa vida profissional e aquilo que ontem era a minha ambição, se calhar, hoje já não me faz tanto sentido. Ou, se calhar, aquilo que eu estive a fazer mostrou que não era bem isto, que a perspectiva que eu tinha sobre esta função ou esta área não era bem aquilo que eu estava à espera e, se calhar, se voltarmos aqui um bocadinho atrás, como eu dizia licenciei-me numa área que nunca tive essa perspectiva e que na verdade o caminho me acabou por mostrar que eu estava certa desde o início, que não era aquele o meu caminho e, portanto, acho que sim, que passa muito por aquilo que nós também vamos adquirindo ao longo da nossa experiência profissional e das mudanças que vamos tendo.

  • Sofia Cansado

Acabaste por definir aqui, pelo menos, um caminho - o que sabes que não queres fazer na tua carreira, que também é importante.

  • Olga Pamplona

 É muito importante. Embora muitas vezes as nossas convicções, sejam elas iniciais ou não, do início de carreira ou não. Mas a verdade é que nós quando entramos num projeto, seja ele qual for, temos expectativas. Elas podem ser superadas ou não. E, portanto, isso faz mudar de alguma forma a linha que traçámos inicialmente e acho que é sempre positivo.

  • Sofia Cansado

É curioso estares aqui a referir as convicções. Ainda há bocadinho, quando estava a beber um café, à hora de almoço, eu estava a ler um artigo, já não sei quem é que partilhou no LinkedIn, mas sobre como tiveram uma experiência, um amigo teve uma experiência de emprego que não gostou, era da área de engenharia mas que sentia que não havia emprego na área de engenharia. E este amigo disse-lhe "Olha, se calhar, podias apostar na área de Tecnologias de Informação, que há mais oportunidades" e deparou-se com uma barreira de convicção do amigo que não "Eu investi cinco anos, seis anos da minha vida em Engenharia. Nem quero pensar em mudar para tecnologias de informação". Tu achas que isto é uma forma de muitas pessoas, provavelmente, pensam assim. Não é? E é normal. Também foi um investimento de vida, de anos, monetário mas achas que é importante, por vezes, abrirmos aqui um bocadinho a área que achávamos que íamos exercer, um bocadinho como a tua experiência, não é? Um bocadinho abrir horizontes?

  • Olga Pamplona

Sim. Eu acho que, por princípio, eu sou uma defensora das liberdades e, portanto, acho sempre que todas as opções são válidas, desde que o próprio esteja bem com isso. Portanto, eu acho que essa pessoa, essa definição é legítima se a convicção da pessoa for, não tanto porque eu investi nisto, mas porque à partida investi nisto porque era aquilo que me fazia sentir. E nessa perspectiva encaro isso de uma perspectiva de "ok, esta pessoa traçou este caminho e ainda não está pronta para desistir dele". Porque continuo a acreditar que é aquele caminho. Se a decisão for só porque houve um investimento, ainda que eu já esteja a observar que aquele não é o meu caminho. Continuo a achar que é válido. Esse é o princípio mas diria que sim, que temos que nos abrir a ver as coisas de outro prisma. Acho que aí entra um bocadinho o medo, o receio, a mudança, não é? A tão misteriosa palavra a "mudança".

  • Sofia Cansado

Assustadora.

  • Olga Pamplona

Mas que sim, nós acabamos por, como em tudo, é um caminho. Essa pessoa há de chegar a um ponto em que, inevitavelmente, vai fazer esse caminho e vai fazer essa mudança. Porque, claramente, lá está ou não está a conseguir mas continua a ser o seu propósito ou rapidamente vai perceber que mesmo que consiga, não se vai sentir realizado profissionalmente. E isso depois acaba por gerar um conflito, interno.

 

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  • Sofia Cansado

Eu acho que é importante esta parte de perceber se ainda faz sentido apostar na minha área ou se está na altura de perceber que outras áreas é que me fazem sentido. Mas, muitas vezes, mesmo que não seja mudar de área, a forma de progredir, muitas vezes também não nos é entregue a uma promoção. Também isso não acontece todos os dias, a todas as pessoas. Por isso, como é que eu tenho aqui uma conversa com a minha chefia sobre progressão? Eu quero progressão de carreira mas não estou a encontrar a oportunidade. Como é que eu tenho essa conversa? Que é difícil. Mas como é que deixa de ser difícil? Como é que tiramos este obstáculo?

  • Olga Pamplona

Pronto. Mais uma vez, para todos nós que temos como definição a progressão de carreira, achamos que quem não a tem é uma coisa estranha. Como é que alguém não tem essa ambição. Mais uma vez é legítimo e válido. E existem efetivamente pessoas que estão confortáveis naquela função e que não têm essa ambição. Eu acho sempre que a transparência e a honestidade é sempre o melhor caminho para qualquer questão. Portanto, não vejo que uma conversa com uma chefia sobre progressão tenha que ser uma questão difícil ou tabu sequer. Pelo contrário, acho que a relação que desenvolvemos com uma chefia, que à partida é a pessoa que acompanha o nosso crescimento e o nosso desenvolvimento profissional, em teoria pelo menos deve ser sempre a primeira pessoa com quem devemos ter esta conversa, porque também será a primeira pessoa a dizermos e a darmos feedback sobre aquilo que é o nosso desenvolvimento. Portanto, não encaro isso como uma questão difícil. Se estivermos a falar da questão da progressão de carreira na vertente salarial - Ok, pode ser uma questão mais difícil. Se estivermos a falar apenas na parte de desenvolvimento de competências, não vejo de todo que seja, que tenha que ser difícil. Acho que é, será fundamentalmente a pessoa que melhor nos pode dar feedback sobre a nossa progressão, onde é que estamos bem, onde é que temos que melhorar. Se na opinião dessa pessoa, esse pode ou não ser o meu caminho. Portanto, encaro isso até mais como um aconselhamento, do que propriamente como uma questão que pode ser, pode trazer alguma fricção ou algum desconforto. Não vejo de todo isso, dessa forma .

  • Sofia Cansado

Portanto, é uma conversa transparente e com os objetivos bem definidos do que precisamos, até da parte de...

  • Olga Pamplona

Até porque desde logo, Sofia, mesmo dentro da própria função, nós podemos alinhar melhor aquilo que estamos a fazer de acordo com esse nosso propósito. Se a nossa chefia não tiver essa noção, de qual é efetivamente a minha ambição profissional e qual é o caminho que eu quero percorrer, também vai ser difícil ajudarmos nessa progressão. Portanto, acho que começa desde logo por aí, se ambas as partes tiverem a noção do que é que é expectável de cada um, é sempre muito mais fácil contribuir para o desenvolvimento de todos.

  • Sofia Cansado

Sim. Eu acho que também é uma boa conversa de se ter desde o início, concordo contigo. Não sei é se tu achas que eu devo-me preparar aqui para todo este processo. Porque acaba por ser um processo, a pessoa tem de definir o que é que quer para a sua progressão profissional. De que forma é que o quer fazer, até um planeamento temporal, se fizer sentido. Será que eu me devo preparar para a progressão de carreira, assim como me preparo para uma entrevista de emprego? Ou achas que é um plano muito mais a longo prazo que uma entrevista de emprego?

  • Olga Pamplona

Eu acho que, mais uma vez, isto depende muito de cada um. Diria que, em tese, é sempre mais seguro nós sabermos à partida quais são as nossas metas e tê-las definidas a médio/longo prazo. Mas acontece a progressão natural. Também acontece a progressão natural. Em ambas as situações, nunca podemos descurar a preparação no sentido de nos munirmos sempre de informação, conhecimento, porque o conhecimento é poder e se eu estou a traçar um caminho, que de alguma forma se vai desviar daquele que estou a fazer, convém que eu invista nessa formação. Convém que eu saiba o que é que devo fazer para atingir esse objetivo. Desse ponto de vista, sim. Acho que nos devemos preparar. Não vejo é numa lógica muito rígida de "Vou traçar o meu caminho", é muito comum hoje em dia nas entrevistas aquela pergunta do "Onde é que eu me vejo daqui a cinco anos?". Eu acho que esse é um bom princípio. Se eu conseguir responder a esta pergunta, já é um bom princípio porque eu já vou ter identificado em mim o que é que eu quero, pelo menos, daqui a 5 anos.

Qual é o meu plano? Qual é a minha motivação? Onde é que eu quero chegar? Não quer dizer que tenha que estar tudo delineado. Porque depois, obviamente, a carreira não é uma linha reta, e ela tem curvas, e tem marcha-atrás e, portanto, depois o caminho nem sempre é isso. Acho que não se perde nada em ter-se programação. Mas acho que ela não tem que ser rígida, nem fazer de nós prisioneiros dessa definição. Não é porque eu tracei este objetivo e porque o meu caminho profissional, de forma intencional ou não, está a seguir outro rumo que eu não devo aproveitar o rumo que está a seguir, que não devo investir naquele rumo, se isso for compatível com aquilo que são as minhas ambições. Ora, a preparação nunca é uma coisa má. Eu acho que a formação, o investimento no desenvolvimento é sempre uma coisa que não usamos hoje, usaremos sempre em algum momento da nossa vida. Acho que é um bocadinho por aí.

  • Sofia Cansado

Sem dúvida, concordo contigo. Eu até tinha aqui uma pequena analogia. Porque na verdade quando nós pensamos na progressão, progressão lá está, como falámos aqui ao longo do episódio, há muitas formas de progressão de carreira que por vezes para fora pode não parecer, mas para a pessoa é, será que eu devo ter no meu currículo, e eu estou a imaginar o currículo como, por exemplo, às vezes no LinkedIn vemos aquela linha de evolução de carreira, pode ser na mesma empresa, pode não ser. Eu devo mesmo que tenha feito, como tu disseste uma marcha-atrás, uma inversão de marcha na minha carreira, eu devo ter isto sempre bem comunicado no meu currículo, no LinkedIn? Vamos imaginar, eu tenho, eu estou neste momento a trabalhar em marketing, por exemplo, imagina que agora eu queria mudar para engenharia, fazia os meus estudos, trocava de área e começava num estágio. Portanto, para fora pode parecer aqui um bocadinho regredir. Achas que eu devo fazer toda esta linha temporal no meu currículo, na minha formação profissional?

  • Olga Pamplona

Pois, eu percebo a tua questão. Acho que devemos por isto em dois pontos distintos. Por um lado, acho que nós somos, quer pessoalmente, quer profissionalmente, sempre a soma das experiências que temos e, desse ponto de vista, acho que nada nos retira, tudo nos acrescenta. E, portanto, não vejo à partida motivo para eu ocultar do meu currículo a minha linha temporal e o que é que eu estive a fazer ao longo deste tempo, seja ela encarada como progressão ou não. Mas depois aqui também entramos num outro campo, que é o campo do já não é uma decisão só para mim, portanto, eu não faço o currículo para mim. Eu faço o currículo para fora. E aí depois já depende muito também daquilo que eu tenho definido e se isso vai fazer sentido ou não. Porque uma coisa é eu tenho a minha linha temporal profissional no meu Linkedin, mas eu estou, ou não, à procura de uma nova oportunidade. Eu estou, ou não, à procura de mudar de função. Se estou, obviamente, que o meu objetivo é conectar-me com pessoas que possam estar nesse caminho que eu quero seguir. E aí, pode fazer sentido ocultar alguma coisa, mas nunca numa perspetiva de vou colocar isto porque isto pode querer parecer que eu tive aqui um retrocesso ou um fracasso.

Acho que nunca devemos encarar isso assim. A nossa experiência profissional, com mais ou menos sucessos, aprendemos sempre alguma coisa e acrescenta sempre alguma coisa. Portanto, não vejo também, mais uma vez, isso de forma negativa ou que isso deva condicionar. Pode é fazer sentido num determinado momento não colocar, porque isso pode desviar a atenção daqueles que nós queremos atingir e só apenas por aí. Não porque isso nos deva envergonhar ou esconder o que quer que seja.

  • Sofia Cansado

Claro, é sempre a nossa própria experiência.

  • Olga Pamplona

Certo.

  • Sofia Cansado

Olga, acho que conseguimos bater aqui em todos os tópicos que queríamos. Portanto, a progressão de carreira pode ser vista de muitas formas, mas cabe a nós definir este plano, como tu disseste, esta grande pergunta do "Como te vês daqui a cinco anos?" É real e tem de ser trabalhada.

  • Olga Pamplona

Sim. Acho que é um bocadinho isso, porque efetivamente no fim do dia, usando uma expressão de uma pessoa, é sempre... Acho que é sempre o importante é como é que nós nos sentimos naquilo que estamos a fazer. Temos que ser felizes naquilo que estamos a fazer, temos que gostar daquilo que estamos a fazer e, portanto, acho que isso é que é o ponto. A progressão acontece, mais ou menos, naturalmente. 

  • Sofia Cansado

Claro. Muito obrigada, por teres estado aqui comigo, hoje, a falar sobre este tema.

  • Olga Pamplona

Obrigada, eu.

  • Sofia Cansado

Obrigado também a quem nos ouve. Já sabem que voltamos daqui a duas semanas e que também temos o nosso podcast no popcast da RFM e o nosso destaque com a rubrica "segunda-feira é um bom dia para trabalhar".

  • Sofia Cansado

Obrigada e até daqui a duas semanas.

 

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