• SOFIA CANSADO

Olá! Sejam bem-vindos ao podcast #EVERYDAYHERO. Hoje temos um tema diferente, até porque todos os anos voltamos a falar sobre Employer Brand, e hoje vamos falar sobre os critérios mais atrativos para os profissionais em 2022. Comigo tenho a Joana Semedo. A Joana é da equipa de Marketing da Randstad Portugal e, na verdade, a melhor pessoa para falar de Employer Branding, digo eu. Olá Joana!

 

  • JOANA SEMEDO

Olá Sofia! Obrigada pelo convite para estar aqui a falar de Employer Brand, deste tema tão importante, não só para nós, mas também para todas as empresas de uma maneira geral.

 

  • SOFIA CANSADO

Joana, eu acho que tu já estiveste no podcast, mas é sempre bom relembrar quem tu és, a tua experiência.

 

  • JOANA SEMEDO

Então, eu sou a Joana. Joana Semedo, trabalho na Randstad há mais ou menos cinco anos. Tenho aqui, fui desenvolvendo na Randstad este meu percurso na área de marketing, no desenvolvimento de campanhas para clientes e para candidatos. Antes disso, tive também uma experiência muito relevante, que eu acho que ajudou muito no meu percurso profissional e no meu à vontade para também para falar com várias pessoas e aqui com vários tipos de pessoas, e vários setores, tive também aqui uma experiência na área de Customer Support para um cliente internacional, aqui um cliente com muitos desafios também e que me deu aqui um grande background também para conseguir estar sempre atenta a detalhes e aquilo que o cliente quer. Esta preocupação com o cliente e com a experiência do cliente que eu acho que nós temos sempre que ter. Não só neste trabalho que fazemos em marketing, mas no trabalho, em tudo aquilo que nós fazemos.

 

  • SOFIA CANSADO

Acho que só falta mesmo o teu Fun Fact.

 

  • JOANA SEMEDO

Então, o meu Fun Fact que eu vou... Eu vou dizer outro Fun Fact para não ser o que disse da outra vez. Eu sou uma repetente, mas não vou dizer. Não vou dizer o mesmo e desta vez, o meu Fun Fact, é relacionado com a minha vida profissional. Eu, desde pequenina que me lembro de dizer que queria ser arquiteta, eu sempre quis ser arquiteta desde pequena. Mas eu tenho um problema. Eu não tenho jeito nenhum para desenhar, não tenho jeito nenhum para geometria, nem nunca tive jeito para as aulas de E.V.T., nem de geometria descritiva, nem nada disso. Mas eu sempre quis ser arquiteta, portanto, eu não sei se, se calhar, agora tanto se fala de upskilling e reskilling, posso ser uma futura arquiteta e desenvolver aqui outras competências hoje em dia, que é tudo muito mais digital, pode ser que dê.

 

  • SOFIA CANSADO

Acho que sim. Deixar de ser arquitetura abstrata para passar... Muito bem. Joana, nós, este episódio está a sair no dia da cerimónia do Randstad Employer Branding Research. Portanto, quem estiver a ouvir, vá ver a live stream mais tarde no dia de hoje. Mas o que nós já podemos aqui adiantar um bocadinho são, na verdade, os critérios. Porque os critérios do Randstad Employer Branding Research são este ano, e isto já podemos dizer, para além do salário e benefícios que é normal aparecer, são na verdade o Work-life Balance, o ambiente de trabalho agradável, estabilidade profissional e a progressão de carreira. E a minha pergunta para ti é: este top surpreende-te? ou faz todo o sentido, dado o estado atual do mercado de trabalho?

 

  • JOANA SEMEDO

Na verdade, este top não é um top, não é novo. Na verdade este, o Randstad Employer Branding Research, avalia sempre e está sempre baseado nos mesmos critérios. E o que é certo é que nós, ao longo dos últimos anos, o que fomos vendo é que os critérios que estão no top, aqui no top cinco ou no top três, digamos assim, são quase sempre os mesmos. O que é certo é que eles vão ganhando importância, uma importância maior ou menor, consoante também algumas coisas que vão acontecendo no mundo e a nível social. Por exemplo, nós no ano passado vimos que a questão da estabilidade profissional tinha uma importância muito grande. O que eu gostava aqui de destacar, e que eu acho que é muito relevante, é que o critério da conciliação é o critério que esteve sempre e tem estado sempre no top e que este ano ganhou uma importância ainda maior. Aqui a conciliação falamos da conciliação entre a vida pessoal e vida profissional.

 

  • JOANA SEMEDO

Este critério é um critério que nós vimos, que tem sido, tem se vindo a falar sempre ainda pré-pandemia, mas ele ganhou uma importância ainda maior com a pandemia e o que percebemos é que, e vários estudos da Randstad indicam isso mesmo, que este critério e esta importância que é dada à vida pessoal tem e é cada vez maior. As pessoas, na verdade, começaram a olhar para o emprego de uma maneira diferente e começaram a repensar um bocadinho no papel que o emprego tinha nas suas vidas. E isso nota-se nestes resultados. Nota-se nestes resultados em termos de Work-life Balance, ou seja, que as pessoas estão muito preocupadas em dar mais importância cada vez mais à sua vida pessoal, ao balanço, a este balanço a conseguir conciliar as duas coisas, mas também, por outro lado, estão cada vez mais empenhadas em desenvolver as suas próprias competências. E esta parte também está relacionada com o emprego e está relacionada com a componente pessoal também, porque as pessoas querem muito desenvolver as suas competências, não só competências técnicas, mas também as suas Soft Skills, que lhes vão permitir desenvolver-se em termos pessoais e desenvolver a sua carreira também. Portanto, na verdade, estes resultados não me surpreendem. Eu acho que são uma tendência e vão continuar certamente a ser uma tendência nos próximos anos.

 

  • SOFIA CANSADO

Sim. Se calhar, se tivéssemos esta conversa exatamente há um ano atrás, também voltaríamos a dizer que o Work-life Balance é, sem dúvida, um fator com uma grande importância. Se calhar, a surpresa é que este ano continua com o mesmo peso ou até maior, como tu estavas a dizer.

 

  • JOANA SEMEDO

Sim, eu acho que sim. Eu acho é que a forma como, e este critério diz muito sobre a forma como o emprego e trabalho passou a ser encarado com tudo aquilo que nós vivemos nos últimos anos, não é? Na verdade, todos nós vimos... Nós parámos, quase que parámos um bocadinho. Tivemos que parar e vimos aqui e fomos quase que ameaçados, não é? Porque houve aqui esta situação pandémica ameaçou-nos, pôs aqui em causa muita coisa e isso fez com que as pessoas parassem, parassem para repensar. E hoje eu acho que quando falamos em conciliação temos que falar também em conciliação e num trabalho que me permita "ok, ser feliz no trabalho que eu faça" não é? No trabalho que eu faço, naquilo que eu faço todos os dias, mas também que me permita ter tempo para aproveitar a minha vida. E aqui eu acho que falar em conciliação implica também falar daquilo que hoje tanto falamos da flexibilidade de horários e do local de trabalho, flexibilidade de funções também. Tudo isto está ligado e contribui para esta conciliação. Portanto, o critério da conciliação nunca pode ser ignorado e não é ignorado pelas pessoas. As pessoas estão cada vez mais a dar relevância e as próprias empresas não se podem esquecer da importância deste critério.

 

  • SOFIA CANSADO

Sem dúvida. Nós acabámos por falar aqui num top três, que na verdade é um top cinco, dado estes empates que nós vemos nas percentagens. Olhando assim muito rapidamente, a conciliação e o ambiente de trabalho estão ali a disputar o segundo lugar e depois vemos a estabilidade e a progressão a disputar o terceiro lugar. Portanto, temos um top muito competitivo, que perspetiva é que nos dá esta realidade sobre o que os profissionais procuram num local de trabalho? Ou na verdade, este top cinco é uma utopia?

 

  • JOANA SEMEDO

Eu não acho que na verdade seja uma utopia, não é? Eu não acho que seja uma utopia, porque se fosse uma utopia, não eram os critérios que estariam sempre no top. Eu acho que nós não podemos ignorar o salário e benefícios, como é óbvio, porque nós aqui em termos de Employer Branding, e neste estudo, consideramos o salário / benefícios como um fator higiénico, ou seja, é algo que está inerente a qualquer relação profissional, entre empresas e colaboradores, que existe. Existe sempre, mas não podemos, não o podemos ignorar. Ele é sempre o primeiro critério, desde sempre é o mais valorizado. Não pode, não se pode ignorar. Mas eu acho que as empresas hoje em dia também tem que pensar um bocadinho além destes salários e benefícios. E quando falamos destes salários e benefícios, falamos destes critérios que são, na verdade, critérios não financeiros e sim aquilo que tu estavas a dizer que este top, na verdade, este top três é um top cinco, porque estamos aqui empatados entre o Work-life Balance e o ambiente de trabalho. Ou seja, qual é o... De que forma é que eu posso ser feliz no meu trabalho? De que forma é que o meu trabalho me faz feliz e o meu trabalho faz-me feliz porquê? Porque eu consigo ter tempo para conciliar a minha vida pessoal e, ao mesmo tempo, o meu trabalho também me faz feliz. Porquê? Porque eu tenho um bom ambiente de trabalho, porque eu consigo desenvolver as minhas funções e as minhas e tudo aquilo que eu faço bem, não é, bem no meu ambiente de trabalho. A empresa também contribui... Exatamente, contribui para que eu tenha este bom ambiente de trabalho. E este bom ambiente de trabalho não é só, não é um ambiente de trabalho que só um bom ambiente de trabalho não se faz só no escritório, se estivermos todos juntos, não é. Eu acho que nós todos aprendemos que em tempos de pandemia nós também conseguimos ter um bom ambiente de trabalho, mesmo cada um estando em casa, uns dos outros. Eu própria acho que na relação que tenho com as pessoas da minha equipa, acho que nós, entre equipa também conseguimos manter o bom ambiente de trabalho que sempre tivemos em casa, neste tempo de pandemia. Portanto, acho que por um lado devemos encarar estes dois fatores, do Work-life Balance e o ambiente de trabalho, como aquilo que me faz feliz e que contribui para a minha felicidade no trabalho muito importante e depois a segurança e a progressão de carreira. Claro que a segurança nós nunca podemos esquecer e a questão da estabilidade e tudo isso é importante, não é. Um emprego é muito importante na vida de qualquer pessoa, não é, todos nós sabemos que quem já esteve desempregado sabe o quão difícil é nós mantermos a nossa vida, se não tivermos um emprego que nos permite, na verdade, pagar as nossas contas ao final do mês. Portanto, este critério não pode ser ignorado e é algo que as pessoas também valorizam. Ou seja, elas também valorizam ter uma, trabalhar numa empresa, uma empresa que seja estável, uma empresa que dê, que me dê esta segurança e que eu saiba que é uma empresa com o qual eu posso contar para desenvolver a minha carreira e para fazer a minha carreira, não é? E depois pega aqui um bocadinho o outro critério, que é o critério da progressão. Um critério também em que eu, enquanto trabalhador, sei que ao trabalhar naquela empresa, a empresa me vai apoiar a desenvolver a minha carreira. Me vai dar a ajudar a desenvolver as competências que eu preciso para desenvolver e para progredir na minha carreira, porque é um fator também muito importante. Portanto, eu punha sempre aqui estas duas tónicas que é na verdade aquilo que se vê neste top este ano.

 

  • SOFIA CANSADO

Mas não é engraçado, especialmente olharmos estabilidade e progressão parecem dois critérios completamente diferentes estarem no mesmo lugar. Eu quero estar, eu quero ter uma sensação de estabilidade, mas quero progredir na carreira e muitas vezes a progressão até pode significar sair da empresa.

 

  • JOANA SEMEDO

Sim, mas se nós pensarmos, por exemplo, voltando um bocadinho. Eu acho que nós, estamos sempre a falar de pandemia, mas não podemos ignorar na verdade, não podemos ignorar que ela existiu. Esta questão pandémica também impôs um bocadinho em perspetiva e pôs aqui um bocadinho em perspetiva aquilo que eu preciso de um emprego, não é, e o que nós vimos foi muitas empresas que entraram em lockdown e tudo isso, tiveram que despedir pessoas e que pôs em causa a segurança e a estabilidade que elas tinham, não é? E portanto, eu acho que uma coisa não está dissociada da outra.

 

  • SOFIA CANSADO

Esta estabilidade, se calhar, ainda vem desta realidade.

 

  • JOANA SEMEDO

Talvez. Pode vir ou pode ser uma coisa que as pessoas também... eu, na verdade quero progredir, mas eu também quero progredir de uma forma estável, ou seja, eu posso querer também progredir... Aqui esta questão da progressão de carreira não quer dizer que eu tenha que sair da empresa. Se calhar, há aqui muitas pessoas que gostam daquilo que fazem, gostam da empresa onde estão, onde trabalham e na verdade querem manter-se aqui, mas querem progredir. Ou seja, querem ter aqui mais competências, querem aqui ter mais responsabilidades e, aliás, podem só querer, quando falamos aqui em progressão também, podem só querer ter outras funções dentro da mesma empresa. Não quer dizer que seja, eu agora tenho que subir a um nível acima, não é? Eu posso só querer fazer coisas diferentes e eu acho que isto tudo se liga. Isto tudo liga-se, liga-se tudo muito ao Work-life Balance, ao ambiente de trabalho, à relação que eu tenho com a minha empresa, aquilo que a empresa também me dá. Eu acho que isto tudo contribui para que as pessoas se sintam felizes no trabalho e é algo que as empresas têm que estar claramente atentas.

 

  • SOFIA CANSADO

Exato, sim. Eu acho curioso tu pegaste várias vezes no conceito da felicidade e, apesar de não estar no Employer Brand Research, está no Workmonitor, outro estudo da Randstad. O fator da felicidade acaba muitas vezes por pesar muito mais do que manter-me no emprego atual.

 

  • JOANA SEMEDO

Sim. Aquilo que nós vimos no Workmonitor e tu falaste no Workmonitor. O Workmonitor fala numa... No estudo, há uma frase do Workmonitor que começa com "Pursuit of Happiness" e eu acho que isto diz muito. As pessoas querem muito, querem muito ser felizes. E o que nós vimos também no Workmonitor é que muitas pessoas dizem que claramente deixariam um emprego, deixariam ou não aceitariam um novo emprego ou uma nova oportunidade se essa oportunidade os impedisse de aproveitar a sua vida, os impedisse de ser feliz. E eu acho que isto tudo vem daquilo que nós vivemos e daquilo que nós vamos continuar, aquilo que nós vamos continuar a viver nos próximos anos, não é. Na forma como nós encaramos o emprego, na forma como e no papel que este emprego tem nas nossas vidas, nas nossas vidas pessoais e o que é que ela na verdade contribui, o que é que este emprego me traz, eu chego ao final do dia e eu sinto-me feliz com aquilo que fiz e sinto-me realizada, na verdade, não é. Portanto, eu acho que isso é muito importante também.

 

  • SOFIA CANSADO

Sim, sem dúvida. Eu acho que nós temos estado aqui a falar mais na perspectiva dos profissionais. O que é que na verdade sentem, valorizam e dão muito mais importância ao olhar para o emprego. Mas se olharmos para os critérios do lado das empresas, até te pedia aqui, quais são os conselhos que tu deixas? Os principais conselhos que tu deixas às empresas para trabalharem as suas estratégias de Employer Brand .

 

  • JOANA SEMEDO

Eu acho que, mais do que nunca, o Employer Brand não pode ser uma moda. Nós estamos. Muito se fala de Employer Brand hoje em dia e não pode ser uma moda ou construir uma estratégia de Employer Brand não é uma coisa de hoje. Não é? De um dia para o outro. Eu não penso agora não me sento aqui hoje à mesa e digo "eu hoje vou construir uma estratégia de Employer Brand para amanhã ser a empresa top ou ser um empregador de referência. Não, isto não acontece assim. Isto é uma relação que se constrói. É uma estratégia que se constrói a longo prazo e que tem aqui várias condicionantes e que está muito relacionada com a forma como eu me posiciono enquanto marca, aquilo que eu comunico e quais é que são... Qual é que é, na verdade, a minha proposta de valor. Portanto, aquilo que eu diria, e aqui um dos principais fatores chave, aquilo que eu diria era para as empresas, por elas próprias, também pensarem, na verdade, qual é que é a sua marca, a sua proposta de valor, como é que elas se posicionam e como é que elas se querem, na verdade, posicionar. Isto porquê? Porque não vale a pena eu dizer que sou uma empresa que... Não sou uma empresa que contribui para a conciliação e depois, na verdade, faço exactamente o contrário. Não é? Porque quem trabalha na empresa são os principais embaixadores ou não da marca, não é? E se calhar, se eu me for candidatar a uma oferta de emprego de uma determinada empresa e falar com o meu amigo e disser e ele me disser assim "mas tu vais-te candidatar? Mas esta empresa, na verdade, elas não contribuem nada para a conciliação", "Ah, mas eles falam muito sobre conciliação". Ou seja, é um bocadinho esta coisa do...

 

  • SOFIA CANSADO

"Walk the talk".

 

  • JOANA SEMEDO

Exatamente. Não vale a pena falar muito quando, na verdade, não faço. Portanto, este seria um primeiro fator chave que eu salientava, era as empresas darem aqui muito, pensarem na verdade e fazerem, na verdade, uma análise qual é a sua proposta de valor e de que forma é que eles se querem posicionar enquanto entidade empregadora e depois, por outro lado, é também ouvir as suas pessoas, não é. Ouvir as pessoas, a ouvir o que é que elas mais valorizam e a agir e reagir também com base naquilo que as pessoas também mais valorizam. E, se calhar, é um bocadinho ligar ao que eu disse anteriormente, não vale a pena se eu, na verdade, não contribuo nada para a conciliação dos meus, das minhas pessoas, não é, mas eu estou sempre a falar sobre conciliação. O que é que eu posso fazer para, na verdade, ser vista como uma marca que promove essa conciliação? Não é, ou que promove a diversidade, estou aqui a falar da conciliação como um exemplo. Portanto, eu diria que estes dois fatores são muito importantes.

 

  • SOFIA CANSADO

Sim, e não é. Eu acho que também não é só olhar para a lista dos critérios e pensar "Ok, eu vou trabalhar nos três primeiros, porque são os três primeiros que me vão trazer benefícios".

 

  • JOANA SEMEDO

Sim, sem dúvida. Eu acho que por isso é que a empresa tem que fazer também quase que uma avaliação própria, um desenho, un scan dela própria perceber "eu, enquanto marca, o que é que eu posso, qual é que pode ser a minha proposta de valor?" Mas a minha proposta de valor, que seja uma proposta de valor real, não seja uma utopia ou que não seja uma falácia, na verdade, não é. E isso é que eu acho que é mesmo relevante. Eu tenho que comunicar a minha proposta de valor, mas eu só consigo comunicar a minha proposta de valor se eu, na verdade, tiver aquela proposta de valor. Se eu for na verdade uma marca inclusiva, por exemplo. E isso é que as empresas também têm que ter atenção. Eu não posso dizer que sou uma coisa e na verdade fazer o contrário e depois estar a comunicar uma coisa e não faço nada daquilo, não é? É um bocadinho por aí.

 

  • SOFIA CANSADO

Até porque neste momento temos cada vez mais plataformas. Não é só o "word-of-mouth", como tu estava a dizer, uma recomendação de amigo. Mas cada vez mais temos plataformas de Employer Branding, de Employer Review, Glassdoor, esse tipo de plataformas que rapidamente sabemos se a realidade é o que a empresa está a referir. Portanto, acho que quando as empresas estão a trabalhar a sua estratégia, sabem que é preciso mesmo que sejam passos mais pequenos, são passos reais e que estão a acontecer e que os colaboradores realmente valorizam.

 

  • JOANA SEMEDO

Sim. Eu acho que o digital para o bom e para o mal também nos trouxe isso. Não é? E é um bocadinho isso, não vale a pena eu também estar a dizer uma coisa e depois, na verdade, numa review a dizer que sou a pior empresa, não é. E acho que as empresas têm que estar atentas a isso. E eu acho que as empresas também devem contribuir para que as suas pessoas se sintam bem e que sejam os embaixadores da própria marca, porque sabemos que eles têm uma influência completamente diferente.

 

  • SOFIA CANSADO

Sim, sem dúvida. Joana, acho que nós pegámos no tema de uma forma bem resumida, sem dar spoilers sobre hoje. Portanto, é um trabalho difícil falar do tema sem trazer já aqui spoilers sobre a cerimónia. Portanto, o meu conselho é assistam ao live stream hoje ao final do dia, a partir das sete, vamos estar em direto no LinkedIn e no YouTube com a nossa cerimónia, apresentada pela Clara de Sousa, pela jornalista Clara de Sousa. Portanto, vejam e voltamos daqui a duas semanas com mais um episódio. Joana, obrigada por ter estado aqui comigo.

 

  • JOANA SEMEDO

Obrigada eu pelo convite e assistam à cerimónia de logo à noite porque prometemos que vai valer a pena.

 

  • SOFIA CANSADO

Exatamente! Obrigada.

 

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