De acordo com uma antiga executiva da Google, os melhores colaboradores podem ser divididos em duas categorias, rockstars e superstars. Ambos são importantes numa equipa, mas não podem ser geridos da mesma forma.

Uma promoção, habitualmente, é sinónimo de um aumento de salário, e de novas funções. Por estranho que possa parecer, nem todos os colaboradores querem ser promovidos. Algumas pessoas estão satisfeitas com as funções que têm e atribuir-lhes uma nova função não seria especialmente útil para elas ou para a empresa. Quem o diz defende é Kim Scott – antiga executiva da Google e da Apple, e fundadora de CEO da empresa Radical Candor –, num artigo publicado no site Business Insider.

Kim defende que os melhores colaboradores devem ser divididos em duas categorias: rockstars e superstars.



Os rockstars têm tudo a ver com estabilidade, ou seja, são aqueles colaboradores que não vão beneficiar pelo facto de serem promovidos. No entanto, vão gostar de ver recompensada a sua dedicação, seja através de aumento salrial, dias extra de férias ou dispensa para outras actividades.

Já os superstars desejam um crescimento ascendente, e as promoções são, regra geral, exactamente o que procuram. São movidos por novos objectivos de gostam de ser o centro das atenções. Também gostam de ser vistos como exemplos e partilhar boas práticas.

A responsável acredita que rockstars e superstars são “estados”, o que significa que podemos ser uma rockstar este ano e uma superstar no próximo ano, dependendo do que está a acontecer na nossa vida ou da fase da nossa carreira.

E ambos podem fazer um trabalho igualmente bom. É uma questão de saber que tipo de trajectória de crescimento estão a fazer, gradual ou acentuado.



A escritora diz que as superstars estão «numa fase da sua carreira, em que desejam mudar as coisas muito rapidamente e querem aprender muitas coisas novas». Por outro lado, as rockstars estão «numa trajetória de crescimento mais gradual e são a fonte de estabilidade duma equipa. E é importante equilibrar crescimento e estabilidade».

Ou seja rockstars e superstars complementam-se, ambas são precisas numa equipa. A parte difícil é aprender a gerir cada tipo de colaborador de forma diferente. Se um colaborador está no modo superstar, precisa de novos desafios e de perceber, qual é o caminho para conseguir uma promoção. E provavelmente precisa de um mentor porque quer aprender coisas novas. Se alguém está no modo rockstar, provavelmente não quer ou não está pronto para ser promovido.



Embora a sua abordagem ao crescimento possa ser diferente, estes dois tipos de colaboradores têm um growth mindset, ou seja, uma mentalidade de crescimento. Vários psicólogos desenvolveram este conceito para descrever a crença de que as competências podem ser desenvolvidas através de muito trabalho e que mesmo o fracasso é uma oportunidade de aprendizagem. Esta estratégia ganhou popularidade em empresas como a Microsoft, que usaram esta conceito para transformar a cultura da empresa.