Mais dissolução de empresas, mais remuneração por trabalhador dependente e menos teletrabalho são as principais conclusões do último trimestre de 2022, num dos primeiros estudos sobre profissionais, empresas e emprego que inauguram o Randstad Research, a área de estudos e insights sobre os temas mais proeminentes do mercado de trabalho.

“Com o Randstad Research queremos disponibilizar um único espaço com estudos e insights, com o intuito de se tornar uma fonte de pesquisa credível e atualizada sobre os principais temas do mercado de trabalho. Ser uma empresa data-driven é a chave para o crescimento do negócio, com decisões fundamentadas em dados reais. Só com informações relevantes é possível tomar as decisões certas”, afirma Isabel Roseiro, Diretora de Marketing e Comunicação. 

Com este lançamento, a Randstad irá também divulgar comunicados mensais com os principais insights do mercado de trabalho em Portugal, além do estudo trimestral.

  • Menos empresas, menos teletrabalho, mais remunerações

O Randstad Research estreia-se com a apresentação de 50 destaques do mercado português, um balanço sobre os últimos três meses de 2022. Os dados partem da transformação do mercado de trabalho, da evolução dos seus modelos, da aposta na inovação e da tomada de decisão. 

O estudo revela que desde o último mês de novembro a quantidade de empresas dissolvidas foi maior que o número de novas empresas em atividade, contrastando a tendência seguida desde 2021. Ao longo de 2022 foram constituídas 46.531 empresas e dissolvidas 20.762. No último mês do ano, a balança desequilibrou-se de forma mais notória – foram dissolvidas 5.195 entidades e constituíram-se apenas 3.528. 

Apesar da queda na constituição de empresas, os dados avançados concluem que a taxa de atividade aumentou um ponto percentual no último trimestre do ano de 2022 e atingiu o seu valor historicamente mais alto de 60,3%. 

No que toca ao teletrabalho, há menos 121,2 mil profissionais a trabalhar fora do escritório, fixando-se o número total de trabalhadores neste regime em 880 mil, um valor que veio a diminuir um pouco por todo o país, entre o terceiro e o quarto trimestre de 2022. Apenas Lisboa se mantém acima da média nacional (14,4%), com 28,9% dos empregados a trabalhar neste regime. O estudo conclui ainda que 30,5% dos profissionais portugueses pratica o modelo híbrido e que o teletrabalho é mais frequente em profissionais com alta qualificação e em idades intermédias.

Quanto às remunerações, o valor médio por trabalho dependente aumentou, situando-se nos 1.245 euros, em outubro de 2022, uma subida de 0,5%, face ao período homólogo. Mais uma vez, em Lisboa os dados destacam-se acima da média nacional, situando-se em 1.468 euros. 

Já as expetativas sobre o desemprego continuam a aumentar, assim como as perspetivas para a situação económica permanecem negativas. Os dados sobre o número de desempregados são também 3,7% mais elevados do que no ano anterior. Só no último trimestre de 2022, o número de desempregados subiu para 342.700 pessoas.

O Randstad Research faz ainda uma comparação entre a realidade portuguesa e o mercado da União Europeia, salientando dois indicadores positivos. Por um lado, a taxa de emprego temporário é superior à média dos países da União Europeia em quase 2 pontos percentuais; por outro, a taxa de emprego na faixa etária dos 15 aos 64 anos situa-se nos 72,1%, 1,9 pontos percentuais acima da média europeia. 

O lançamento do Randstad Research é marcado por um evento exclusivo para mais de 50 clientes que terão acesso aos dados em primeira mão e que poderão assistir a um debate entre empresas sobre a importância de ser data-driven assim como a uma mesa redonda, onde quatro gerações debatem a importância de diversos critérios do mercado de trabalho para os profissionais.

O Randstad Research encontra-se acessível em www.randstad.pt/randstad-research/