De acordo com o estudo “Convergence - The Survey”, da consultora QSP, os gestores portugueses assumem como principais preocupações a criatividade na gestão, a integração de diferentes culturas e a inovação tecnológica. E a maioria acredita estar em condições de competir a nível global.

A convergência entre a criatividade e o pragmatismo da gestão foi a prioridade mais referida pelos líderes (93%), seguida da integração de diferentes culturas nas equipas, com 78%. De salientar que 57% das empresas questionadas têm colaboradores de mais do que uma nacionalidade, 43% reúne no local de trabalho pessoas de mais do que uma etnia ou raça e, em pelo menos 40% dos casos, as equipas têm elementos de diferentes orientações sexuais. E 34% integra colaboradores portadores de deficiência.

Mas há diferenças consideráveis entre grandes empresas e pequenas e médias empresas. Enquanto que para 70% das pequenas empresas (menos de 49 trabalhadores) é difícil integrar recursos humanos culturalmente muito diferentes, já nas grandes empresas, 80% dos inquiridos consideram que não existe esta dificuldade.

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A convergência entre o Marketing e a Tecnologia é o terceiro fator mais citado (76%), sendo que os avanços tecnológicos estão a preocupar os líderes das empresas em Portugal. Se, por um lado, a tecnologia é a prioridade mais referida em termos de investimento, a rapidez da inovação assusta os gestores pela dificuldade em conseguirem estar a par dos desenvolvimentos.

Por outro lado, enquanto 60% dos inquiridos procuram implementar novas tecnologias, 57% reconhece que não o consegue fazer rapidamente. E 55% admite dificuldades em implementar tantas novidades tecnológicas em simultâneo.

A pesquisa, que teve por base entrevistas feitas online a gestores, quadros seniores e/ou com funções de liderança ou decisão de grandes, médias e pequenas empresas de vários sectores de actividade a operar em Portugal, num total de 232 respondentes válidos, mostra ainda que 72% das empresas portuguesas não sentem resistência à mudança e consideram ter uma elevada capacidade de adaptação. E, destes, 67% considera que as empresas estão em condições de competir a nível global.

No mesmo sentido, 68% das empresas partilham não estar preocupadas com a globalização de grandes players tecnológicos, como o Facebook, a Amazon ou o Google, sendo as empresas de menor dimensão as que demonstram maior preocupação com esta concorrência.

Os dados, incluindo recolha e análise, e o armazenamento (cloud) são também questões que preocupam os gestores em Portugal. Mais de 90% das empresas consideram que investir em software de análise de dados (analytics) e em plataformas de recolha de dados é totalmente ou muito prioritário. E mais de 60% centra-se em investir num melhor e mais seguro armazenamento da informação (cloud).