De acordo com o Barómetro Europeu de Empresas Familiares, da KPMG, aumentar a rentabilidade (49%); o volume de negócios (38%) e atrair talento (27%) são as três prioridades para os próximos dois anos. E a principal estratégia para o crescimento passa por investir em inovação.

O estudo, que teve por base entrevistas a 1576 executivos de empresas familiares, em 26 países da Europa, incluindo Portugal, revela que este tipo de empresas está confiante em relação ao futuro mas mostra alguma preocupação no que concerne a escassez de competências (53%) e também à incerteza política (36%).

Nas principais conclusões, destaca-se: 
- 73% dos inquiridos estão confiantes ou muito confiantes nas perspetivas económicas das suas empresas para o próximo ano, enquanto apenas 6% admitem perspetivas negativas ou muito negativas.

- Uma exceção ao ambiente de confiança regista-se no Reino Unido, onde o nível de confiança caiu de 83%, em 2017, para 68%, este ano, numa altura em que o Brexit está a decorrer. 

- Mais de metade dos entrevistados identificaram a disputa por talento como um dos três maiores desafios para as suas empresas, uma subida significativa em relação a 2017 (43%) e 2016 (37%). Outros desafios que referem incluem o aumento do custo da mão de obra (36%) e a incerteza política (36%).

- A expansão internacional não está entre as prioridades das empresas familiares europeias, sendo que apenas 36% aumentou a sua atividade no exterior no último ano (menos 8% que em -2017 e menos 29% que em 2016). 

- Quase um quarto (23%) dos inquiridos planeia expandir e diversificar os seus produtos para impulsionar o crescimento futuro e mais da metade (54%) perspectiva expandir-se para novos mercados.

- A maioria (86%) das empresas está a investir no core business, 83% em inovação e tecnologia e 81% em recrutamento e formação. Esta aposta será uma forma de dar resposta a dois dos principais desafios identificados: falta de competências (53%) e aumento do custo do trabalho (36%).

- Reconhecendo a necessidade de novas competências também na liderança, um terço dos entrevistados pondera contratar um CEO externo.