De acordo com o Observador Cetelem, na época festiva deste ano, 84% dos portugueses tencionam fazer as suas compras de Natal em lojas físicas, sendo que, deste conjunto de consumidores, 85% escolhem as lojas nas grandes superfícies comerciais, representando um aumento de 42% face ao ano anterior (60%). Já 54% dos inquiridos optam por fazer algumas das suas compras nos super/ hipermercados (mais 14 pontos percentuais).

 

Menos de um terço dos portugueses (31%) tenciona comprar no comércio tradicional e 10% em grandes superfícies especialistas (mais 6 pp). 8% revela ir fazer algumas compras em feiras ou mercados da época e, outros 8%, em bazares de baixo custo. Para apoiar o comércio local, 18% tenciona fazer compras nos estabelecimentos perto da sua casa (lojas de bairro).

Numa análise por idades, percebe-se que as pessoas entre os 18 e os 54 anos são as mais adeptas de centros comerciais. Já os mais velhos, entre os 65 e os 74 anos, preferem fazer as suas compras nos super/ hipermercados (65%). A adesão ao comércio tradicional é maior entre os 45-54 anos (38%) e 65-74 anos (43%).

Também em termos de localização, os centros comerciais surgem como os locais mais consensuais, reunindo a preferência de mais consumidores em todo o território de Portugal Continental – 92% em Lisboa; 90% no Porto; 89% no Sul; 81% no Centro; e 77% a Norte. Já o comércio tradicional encontra maior adesão entre os habitantes do Grande Porto (52%). É igualmente na região Norte que mais se valorizam as grandes superfícies especialistas (17%) e as feiras ou mercados de Natal (12%). Na região Centro é onde mais consumidores vão fazer compras em bazares de baixo custo.

 

Os gastos

O Observador Cetelem analisou ainda os gastos que os portugueses pretendem fazer com as compras de Natal, destacando como conclusão que deverão aumentar 39% face ao ano anterior, cifrando-se em gastos de 300 euros, em média (em 2020, o valor previsto rondava os 216 euros). 

Fazendo um zoom às faixas etárias, verifica-se que os portugueses entre os 34 e os 54 anos são aqueles que tencionam gastar mais no Natal – cerca de 390 euros. Já os mais jovens, entre os 18 e 24 anos, são os que tencionam gastar menos, estando abaixo da média – 150 euros –, mas são também aqueles que pretendem alocar a maior parte do valor gasto na compra de presentes (74%). Genericamente, são mesmo os presentes os responsáveis pela maior parcela dos gastos com o Natal: 147 euros, um aumento de 24% face a 2020 – sendo que 56€ serão reservados a prendas para crianças. Em segundo lugar, seguem-se os gastos em mercearia: 140 euros, um aumento de 59% em comparação com o ano anterior. É nas decorações de Natal que os portugueses tencionam gastar menos dinheiro – 12 euros, em média –, com apenas 4% a tencionar adquirir decorações da época (44% vão reutilizar os enfeites de Natal – 7% vão fazer as suas próprias decorações –, e 36% vão reutilizar a árvore artificial).

Numa análise regional, perspetiva-se que seja na região Sul que o valor médio de gastos seja mais elevado – cerca de 415 euros, dos quais 49% será alocado à mercearia e 46% aos presentes. De seguida, os residentes na Área Metropolitana do Porto pretendem gastar cerca de 327 euros, sendo que mais de metade (51%) será gasto em mercearia.

Quase 90% dos inquiridos afirma que vai oferecer presentes neste Natal: em média, vão oferecer um presente a seis pessoas e gastar 26 euros em média por prenda (mais 4 euros face ao ano anterior). 

Em 2021, no topo da lista dos presentes que os portugueses mais vão oferecer estão os vinhos ou outras bebidas (66%), o vestuário e acessórios passam para segundo plano (63%), e os chocolates para terceiro (62%). Os brinquedos passam de segundo para quarto lugar (61%) e os perfumes, maquilhagem e kits de bem-estar fecham o top 5 (53%).