Dados do Observador Cetelem Natal revelam que, este ano, os portugueses vão poupar menos. E pretendem oferecer, sobretudo, peças de vestuário, produtos culturais e brinquedos.

Já no que respeita aos presentes mais desejados, as peças de vestuário (35%), os perfumes (29%) e as prendas monetárias (21%) estão no topo da lista, de acordo com o inquérito realizado pelo Observador Cetelem, que tem com foco as intenções de consumo dos portugueses, mas também as formas de poupar. 
Produtos culturais, como livros e CDs não são especialmente destacados (14%), mas quando se trata de oferecer estão do top 3 das preferências (44%). O vestuário mantém-se como o presente preferido também para oferecer, com cerca de 57% das referências, seguido dos brinquedos (47%).

Usar o subsidio de Natal: sim ou não?
De acordo com o estudo Observador Cetelem Natal, 27% dos portugueses contam gastar metade ou mais do seu subsídio na quadra natalícia; e 11% assumem mesmo intenção de gastar a totalidade desse valor. Mas 22% dos portugueses dizem não pretender gastar nenhuma parte do subsídio. No “meio termo”, 12% planeia gastar entre 25% e 50% do salário do “décimo terceiro mês” e 6% menos de 25% desta remuneração. 
Em comparação com o ano anterior, verifica-se que diminui a percentagem de portugueses que pretende poupar neste período (19%), menos 11 pontos percentuais do que em 2017. No entanto, 5% assume que “talvez” venha a poupar. 
Para o fazer, 24% pretende comprar as suas prendas nas promoções ou em locais mais baratos, enquanto 22% é mais radical e afirma que, para poupar, prefere não comprar presentes. Outros 22% planeia oferecer prendas mais acessíveis. 
Quando a estratégia é diminuir os gastos, a oferta de presentes apenas às crianças ou à família mais próxima continua a ser uma regra, para 18% dos inquiridos. Outra das opções passa por antecipar as compras (7%) ou dar prendas exclusivamente a crianças (3%).  

Quanto vão gastar?
O estudo da Cetelem revela que em média, cada português vai gastar 382 euros nas compras no período de Nataç, o que se traduz num aumento de 52% face a 2017 (mais 130 euros). Prevê-se que praticamente metade deste valor (49%) seja gasto em prendas, seguido da compra de mercearias (47%). Os restantes 4% serão gastos em compras sazonais, como as decorações da época.
Verifica-se ainda que a maioria das prendas compradas se destinam aos mais novos, com os gastos a rondar os 125 euros. Mas 30% revela que não pretende gastar mais do que 100 euros nestes presentes, enquanto 3% admite pretender gastar mais do que  250 euros com os membros mais novos da família. 
Na hora de pagar as compras, o desconto directo no preço continua a ser a oferta mais valorizada, referida por 60% dos inquiridos, enquanto o reembolso de parte de valor pago (cash-back) é mencionado por 20% e o crédito sem juros por 19%. 

O Observador Cetelem Natal 2018 teve por base uma amostra representativa de 600 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.