Com demasiada frequência, as empresas caem na armadilha de escolherem funcionários que simplesmente não se adequam à posição. Este erro pode sair caro – uma contratação errada custa muitas vezes tempo, energia e dinheiro. No entanto, como qualquer consultor experiente de recrutamento já sabe, tal simplesmente não é necessário.

Os recrutadores devem ser capazes de avaliar se um funcionário é uma boa aposta para a empresa, ao reconhecer alguns sinais de alerta que podem indicar que um indivíduo não se adequa à função. Há que prevenir erros na contratação antes de acontecerem, observando estes sinais de perigo durante o processo de entrevista.

 

Conhecem a função?

Por vezes, os anúncios de emprego são pouco claros; como tal, há que reflectir primeiro sobre isso. No entanto, se todos os outros candidatos parecem ter um bom conhecimento acerca do que a oferta possa envolver e um determinado candidato não, o problema é o candidato; não o anúncio. Os candidatos que não compreendem, na totalidade, que tipo de função vão desempenhar, representam um sinal de alerta a ter em conta, especialmente quando não deveriam restar quaisquer dúvidas. Isto indica, na maioria das vezes, a realidade de uma fraca preparação.

 

Qual é o seu histórico?

Durante o processo de entrevista, os recrutadores estão à procura de alguém que desempenhe a função. Como tal, candidatos sem experiência ou sem histórico de experiência comprovada têm menos probabilidades de desempenhar bem essa mesma função. Além disso, outro sinal a ter em atenção será a sua lista de referências. Esteja atento a qualquer um que não inclua menções a superiores hierárquicos anteriores que possam ser capazes de dar boas indicações do seu desempenho. Isto não deve excluir recém-formados nem aqueles que estejam em fase de mudança de área profissional..

 

Como é a sua atitude?

Um grande sinal de alerta é quando alguém considera um dado adquirido ser o indivíduo mais qualificado para uma posição em concreto. Normalmente, tais indivíduos falam com os seus colegas com ar de superioridade e tendem a negar as contribuições destes no trabalho realizado em equipa. Aqueles que têm uma compreensão das suas próprias fragilidades são funcionários valiosos - aqueles que nem sequer reconhecem que têm fragilidades irão constituir um problema.

 

Lidar com a situação

Quando um empregador descobre que um indivíduo não está interessado na posição, devem ser tomadas medidas imediatas, caso contrário a empresa irá sofrer inevitavelmente. A maioria dos gestores terá a percepção de que algo não está certo e a produtividade do funcionário irá confirmá-lo. No entanto, é importante que os gestores e recrutadores procurem em si próprios preconceitos com base nas diferenças culturais e impressões pessoais - afinal de contas, somos todos humanos.

Durante este tipo de situação, muitos gestores adoptam uma abordagem ofensiva repreendendo o indivíduo e talvez até mesmo tomando medidas para terminar o acordo de trabalho. Isso nem sempre é necessário - há muitos factores subjacentes que podem estar em jogo para que alguém já não esteja motivado com a função que desempenha. Gestores e recrutadores precisam de manter as linhas de comunicação abertas, serem claros no que respeita às metas, difundirem efectivamente objectivos de negócio, e fornecerem um plano de acção objectivo para todas as equipas.
 

Lembre-se, não tente racionalizar algo ou perder tempo à espera de que as pessoas fossem mais previsíveis. Concentre-se em canais de comunicação abertos e claros com os funcionários para que possam compreender o que é esperado. Esta abertura traduz-se muitas vezes em funcionários que se preocupam com os seus empregos e querem contribuir para a empresa como um todo.

 

Este artigo foi publicado pela primeira vez em : www.randstad.co.uk