Sente desânimo e irritabilidade? Tem falta de apetite, dificuldade em concentrar-se e perdas de memória? Falta-lhe o ar e o coração bate a mil? Pode estar perante um esgotamento profissional.

 

Segundo o inquérito EU-OSHA, o stress relacionado com o trabalho é o segundo problema de saúde mais referido na Europa. No entanto, quatro em cada 10 trabalhadores europeus sente que este tema não é devidamente abordado nos seus locais de trabalho.

Em Portugal, um estudo realizado em final do ano passado, revelou que 3 em cada 10 portugueses estão em risco de esgotamento ou exaustão, a nível profissional. E que metade dos profissionais sente falta do apoio dos chefes em situações de stress.

De forma geral, stress traduz a incapacidade de um indivíduo lidar com determinada situação em que se encontra, havendo um desequilíbrio no julgamento entre as exigências que enfrenta e as capacidades que considera necessárias para as cumprir. O expoente máximo deste stress é o burnout.

O problema real e tem impacto não só na saúde dos colaboradores mas também na “saúde” da empresa. Assim, e para ajudar a despistar situações de burnout, o portal online dos hospitais e clínicas CUF partilhou sete sinais, identificados pelos profissionais de saúde, a que se deve estar atento:

1. Problemas físicos: complicações gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização da resposta imunitária.

2. Problemas emocionais: tristeza, apatia, anedonia, alienação, frustração, raiva/revolta, tédio, desesperança, perda do orgulho e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, baixa auto-estima, despersonalização.

3. Problemas cognitivos: problemas de concentração e atenção, queixas mnésicas, confusão, maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo.

4. Problemas comportamentais: comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reactividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), automedicação.

5. Problemas sociais: isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos.

6. Problemas existenciais: conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano.

7. Problemas laborais: atrasos, absentismo, baixas médicas, turnover, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços e menos cuidada, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.