A quarta revolução industrial acelerou a velocidade das mudanças, causando maior pressão na tomada de decisões. O mundo do trabalho não é exceção e, além da tecnologia, há outra área que está a transformar o panorama por completo. 

Num artigo do El Mundo, da autoria e responsabilidade da UE Studio, Olivier L. de Weck, professor do Programa Apollo de Astronáutica e Engenharia de Sistemas do MIT e expert no que se refere ao futuro da tecnologia e suas consequências partilha que as recomendações que costuma dar aos «muitos jovens» que lhe perguntam para que perfis devem orientar-se para não só emprego, mas uma carreira de sucesso. «Costumo recomendar-lhes a robótica, a Internet das Coisas (IoT), a biotecnologia… São as áreas de maior crescimento para o futuro e os jovens que enveredarem por elas serão valiosos profissionais», revela.

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A maioria dos estudos sobre as profissões do futuro apontam para caminho muito semelhantes, como o do Fórum Económico Mundial, “Empregos do Futuro”. A especialização nas casas, cidades e transporte inteligentes, a transformação digital e o marketing online, a inteligência artificial. Todos se repetem como uma aposta segura e muitos serão transversais a todos os sectores e áreas do quotidiano.

Mas o mesmo se aplica à sustentabilidade. Tudo será digital e sustentável, pelo que a procura por perfis associados a estas duas áreas vai crescer exponencialmente nos próximos anos.

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Já em 2018, dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicavam que a implementação do Acordo de Paris permitiria a criação de 24 milhões de postos de trabalho até 2030. Os seis milhões de novos empregos relacionados com a economia circular, por si só, compensariam os seis milhões de postos de trabalho que poderiam desaparecer em consequência da transição ecológica.

A economia circular requer profissionais qualificados, como químicos, biólogos, peritos em materiais, engenheiros industriais e de processos, porém vai exigir formação específica focada em áreas recentes como peritos nas novas energias, como o hidrogénio renovável, ou informáticos de big data.

O sector das renováveis está a ganhar peso e a OIT previa um crescimento de 11% nos postos de trabalho relacionados com estas fontes de energia entre 2018 e 2030, equivalendo a 5 milhões de novos empregos. O investimento nas energias renováveis vai implicar a necessidade de «profissionais para instalar, manter e monitorizar todas as infraestruturas», confirma Olivier L. de Weck.

 

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A verdade é que as renováveis e as demais vertentes da transição energética vão dar origem a novos perfis e especializações profissionais e estes são os cinco grandes grupos com oportunidades laborais de futuro a estar atentos:

  • Engenheiros e investigadores: especialistas em combustíveis limpos, energias renováveis, soluções verdes, etc;
  • Marketing e gestão: chief sustainability officer, green marketer, analista de sustentabilidade, entre outros;
  • Consultoria de Sustentabilidade: assessor de sustentabilidade, especialista em recursos hídricos, gestor de projetos de energia eólica, consultor de logística sustentável, controlador da pegada de carbono;
  • Perfis técnicos: ligados às STEM;
  • Outros perfis: como educadores ambientais, eco-designers e eco-construtores.