A Randstad Employer Brand Research de 2021, com base numa extensa pesquisa que contemplou 190 mil inquiridos, de 34 mercados, apresenta tendências a nível global e também por sector. O sector das TIC e Engenharia é dos mais competitivos e os dados desta pesquisa ajudam a compreender como melhor atrair estes talentos, num mundo de trabalho transformado.

 

Os resultados do Randstad Employer Brand Research mostram que a força de trabalho de TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação e Engenharia continuou a trabalhar normalmente (67%) durante a pandemia, consideravelmente mais do que os adultos em idade ativa em todo o mundo (50%). Dito isto, quase um em cada três adultos em idade de trabalhar de TIC e Engenharia trabalhou mais horas ou reduziu o salário em 2020 devido à COVID-19. Em comparação com os profissionais a nível mundial, apenas 1% dos que trabalham no sector ficaram desempregados em consequência da pandemia (contra 9% a nível mundial).

Um quarto da força de trabalho de TIC e Engenharia indicou receio de perda de emprego em 2021, o que é comparável com a força de trabalho global (26%). Aqueles que disseram ter medo de perder os seus empregos têm quase três vezes mais probabilidade do que aqueles que não receavam a perda de emprego de procurar outro empregador na primeira metade de 2021 (26% vs. 11%).

A lealdade da mão-de-obra nestes sectores é semelhante à da mão-de-obra global: 70% revelaram ser mais leais ao seu empregador, enquanto apenas 5% disseram ser menos leais. Isto compara-se com os 68% da força de trabalho global que se sentem mais leais e apenas 6% que afirmaram o contrário.

 

o que mais os atrai

O fator mais atrativo para a força de trabalho de TIC e Engenharia é o seu pacote de salários e benefícios (citado por 65%), seguido de um bom equilíbrio trabalho-vida pessoal (62%) e segurança no emprego (60%).

No entanto, quando analisamos mais a fundo grupos específicos de TIC e Engenharia, vemos que os gestores de TIC classificam um bom equilíbrio trabalho-vida pessoal, saúde financeira e salário e benefícios atrativos como os principais fatores importantes (65%, 62% e 62%, respetivamente).

Além disso, consideram que uma gestão forte é o quinto fator mais importante (56%) enquanto para os profissionais de TIC e Engenharia, uma gestão forte é um fator de atratividade consideravelmente menos importante (43%). Salários e benefícios atrativos são mais importantes para profissionais de TIC e engenharia (69%) do que para gestores e associados.

As TIC (constituídas por TI, software, telecomunicações, fornecedores de internet e empresas tecnológicas) são o sector mais atractivo para a força de trabalho de TIC e engenharia (67%), e são também o sector para o qual sentem que as suas competências são mais adequadas (51%). A indústria automóvel segue-se como o próximo sector mais atrativo (64%). Olhando para os sectores onde os trabalhadores de TIC e engenharia se sentem mais adequados para trabalhar, com base nas suas competências, e excluindo as TIC, vemos o sector automóvel, de engenharia e de energia e utilities melhor adaptados ao seu conjunto de competências.

 

a vontade de mudança

Cerca de um em cada 10 trabalhadores adultos de TIC e Engenharia mudou de empregador no segundo semestre de 2020 (9%), e quase duas vezes mais planearam fazê-lo no primeiro semestre de 2021 (17%). Este é mais frequentemente o caso entre quem tem entre 25 e 34 anos: 12% afirmaram ter mudado de empregador e 23% revelaram ter planeado fazê-lo. O comportamento deste grupo é comparável ao da força de trabalho global que era igualmente suscetível de mudar de empregador (12%), mas ligeiramente menos suscetível de planear fazê-lo (20%).

A força de trabalho de TIC e Engenharia mudou de emprego mais frequentemente na América Latina e na CEI (12%, respetivamente); os adultos em idade ativa nestas regiões também tinham mais probabilidade de planear mudar de empregador na primeira metade de 2021 (25% na América Latina e 20% na CEI).

A força de trabalho de TIC e Engenharia tem mais probabilidades de encontrar o seu próximo empregador em portais de emprego (35%), seguida por recrutadores (31%), referências e Google (29%). As mulheres na área de TIC e engenharia são consideravelmente mais propensas do que os homens a encontrar o seu próximo empregador em portais de emprego (43% vs. 32%), redes sociais (38% vs. 26%) e sites de carreira de empresas (34% vs. 19%).