<p>- Portugal tem 21,7% de trabalhadores independentes, mais de metade est&atilde;o no sector da&nbsp;agricultura<br />
- Constru&ccedil;&atilde;o&nbsp;perdeu 59 mil trabalhadores entre 2008 e 2014<br />
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A Randstad, empresa l&iacute;der na &aacute;rea dos&nbsp;recursos humanos, em parceria com o Professor David G Blanchflower, da Faculdade&nbsp;de Dartmouth nos EUA, acaba de apresentar o estudo &ldquo;flexibility@work2015&rdquo;,&nbsp;que analisa as tend&ecirc;ncias internacionais sobre o trabalho independente durante&nbsp;a crise de 2008-2014. <br />
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As principais conclus&otilde;es&nbsp;apontam para uma diminui&ccedil;&atilde;o ou estabiliza&ccedil;&atilde;o do trabalho por conta pr&oacute;pria na&nbsp;maioria dos pa&iacute;ses durante o per&iacute;odo em an&aacute;lise, com exce&ccedil;&atilde;o da Holanda, Reino Unido e Fran&ccedil;a onde&nbsp;se verificou um claro crescimento de trabalho independente altamente&nbsp;qualificado. De registar tamb&eacute;m que n&atilde;o foi o crescimento da taxa de&nbsp;trabalhadores independentes que levou ao fim da grande recess&atilde;o, menos&nbsp;de um ter&ccedil;o dos trabalhadores independentes na Europa d&atilde;o emprego a terceiros e&nbsp;este &eacute; um n&uacute;mero que tem vindo a decair na &uacute;ltima d&eacute;cada.<br />
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O estudo demonstra&nbsp;ainda, que durante o crescimento econ&oacute;mico, os fatores de atra&ccedil;&atilde;o foram os mais&nbsp;considerados, tendo a procura aumentado com os trabalhadores mais confiantes no&nbsp;seu neg&oacute;cio. Estes n&uacute;meros t&ecirc;m tend&ecirc;ncia a aumentar quando a taxa de desemprego&nbsp;&eacute; baixa, mas quando o desemprego aumenta tamb&eacute;m se verifica que alguns&nbsp;trabalhadores optam por uma situa&ccedil;&atilde;o de trabalho independente por quest&otilde;es de&nbsp;sobreviv&ecirc;ncia, onde apenas cerca de 800 mil jovens com idades entre os 15 e os&nbsp;24 anos s&atilde;o trabalhadores independentes, enquanto mais de um quinto dos 8&nbsp;milh&otilde;es de adultos entre os 55 e 64 anos s&atilde;o trabalhadores independentes na&nbsp;Europa.</p>
<p>O estudo afirma que&nbsp;Portugal tinha, em 2013, 21.7% de trabalhadores independentes, tendo o n&uacute;mero&nbsp;de trabalhadores independentes descido mais do que o n&uacute;mero de empregados. A agricultura&nbsp;foi o principal setor onde o trabalho por conta pr&oacute;pria mais cresceu, ou seja&nbsp;10,2%. A constru&ccedil;&atilde;o civil era, antes de 2008, a &aacute;rea que mais criava o autoemprego,&nbsp;mas foi o setor que mais sofreu com a queda de 59 mil postos de trabalho entre&nbsp;2008 e 2014. <br />
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&ldquo;Este estudo vem demonstrar a import&acirc;ncia de flexibilizar os v&aacute;rios&nbsp;modelos de trabalho para que estes possam ser verdadeiras op&ccedil;&otilde;es para as&nbsp;pessoas e n&atilde;o um &ldquo;push and pull&rdquo; condicionado exclusivamente por quest&otilde;es&nbsp;econ&oacute;micas&rdquo; afirma Jos&eacute; Miguel Leonardo, diretor geral da Randstad&nbsp;Portugal. E acrescenta: &ldquo;esta &eacute; tamb&eacute;m a&nbsp;realidade no trabalho tempor&aacute;rio e no outsourcing que devem ser modelos de&nbsp;contrata&ccedil;&atilde;o com garantias equipar&aacute;veis para os trabalhadores&rdquo;.&nbsp;</p>