- Emprego atinge novo recorde: 5,18 milhões de profissionais empregados
- Desemprego recua para 6,6% e diminui entre os homens
- Teletrabalho cresce e já abrange quase 1 em cada 5 profissionais
- Jovens entre os 25 e os 34 anos lideram aumento do emprego
- O setor da agricultura foi onde o emprego mais diminui
A Randstad Portugal divulga hoje a sua análise aos resultados do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao primeiro trimestre de 2025. Os dados confirmam um início de ano positivo para o mercado de trabalho, com novos máximos históricos no número de pessoas empregadas.
O teletrabalho continua a crescer em Portugal e já abrange mais de 1 milhão de profissionais, ou seja, quase 1 em cada 5 trabalhadores tem a possibilidade de desempenhar as suas funções remotamente. De acordo com a análise da Randstad aos dados do INE para o 1º trimestre de 2025, o teletrabalho voltou a crescer (registou uma subida de 0,4 pontos em cadeia e de 1,7 pontos em termos homólogos), com mais 25.200 profissionais a indicar que trabalham remotamente, fixando-se agora nos 20,9% do total de empregados.
A tendência é mais marcada entre quem tem ensino superior (46,1%), nos setores de IT (79,8%) e nas regiões mais urbanas como Lisboa (34,1%). Tendência já confirmada anteriormente por diversos estudos da Randstad Research que referem que os trabalhadores valorizam cada vez mais a flexibilidade.
No que respeita ao emprego, o número de pessoas empregadas aumentou em 32.600 (+0,6%), totalizando 5.181.400 profissionais – o valor mais elevado de sempre – face ao trimestre anterior. Face ao primeiro trimestre de 2024, o emprego teve um aumento de 122.000 profissionais (+2,4%).
Já a taxa de desemprego recuou para 6,6% (-0,1 p.p. face ao trimestre anterior), com a descida a registar-se apenas entre os homens, cuja taxa passou para 6,2%. Nas mulheres, pelo contrário, a taxa aumentou ligeiramente, fixando-se nos 7,0%.
A faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a que mais contribuiu para este crescimento, com mais 25.000 jovens empregados face ao trimestre anterior (+2,5%) e um aumento homólogo de 58.000. Os grupos etários entre os 35 e os 64 anos também registaram subidas, enquanto os mais jovens (16-24) e os mais velhos (65+) viram o emprego recuar, em -2,8% e -3,4% respetivamente.
Por setores, a indústria destacou-se com um aumento de 31.800 empregos (+2,5%), seguida pelos serviços (+16.300). A agricultura voltou a registar uma forte quebra (-10,9% no trimestre; -14,2% homólogo).
Ao nível da contratação, os dados revelam que entre os 4,4 milhões de trabalhadores por conta de outrem, o primeiro trimestre de 2025 foi marcado por um reforço da contratação sem termo, com mais 55.300 contratos permanentes celebrados (+1,5%). Em contraste, os contratos com termo diminuíram em 22.000 (-4,2%), tal como os contratos classificados noutras categorias, que registaram uma quebra de 2.900 (-2,1%). Em termos homólogos, a tendência manteve-se: os contratos sem termo cresceram 3% (+111.600), enquanto os contratos com termo recuaram 10,1% (-53.300). A taxa de trabalho temporário caiu ligeiramente, situando-se agora nos 15,2%.
Segundo a Isabel Roseiro, diretora de Marketing da Randstad Portugal, os dados hoje conhecidos confirmam “várias tendências estruturais do mercado de trabalho em Portugal: assistimos a um aumento expressivo do emprego entre os jovens adultos, com mais 25 mil profissionais entre os 25 e os 34 anos a entrarem no mercado só neste trimestre, o que é um excelente indicador da atratividade e renovação do tecido laboral. Paralelamente, o crescimento do teletrabalho – que já abrange mais de um milhão de pessoas – continua a refletir a importância da flexibilidade como fator de retenção e motivação dos profissionais mais qualificados.”
Estes e outros indicadores podem ser analisados em maior detalhe no documento em anexo.
Para mais informações, consulte o site https://www.randstad.pt/randstad-research/.