Partilho este vídeo porque esta foi, novamente, uma semana com muitas horas na estrada. Estas são as vistas e músicas a que me estou a habituar nestas últimas semanas.

Desta vez fomos até Mbinga, uma pequena cidade a cerca de 11 horas de distância de Iringa. 

A viagem é muito cansativa, não só pelas horas, mas ainda pelas curvas e estradas com buracos e lombas. Partimos pelas 8h00, para tentarmos chegar ao destino ainda de dia, o que não aconteceu. Uma das principais razões seria porque não é permitido conduzir de noite. Tentei perceber o motivo mas os meus colegas locais apenas me indicaram que “por questões de segurança é uma lei”. No entanto, quando começou a anoitecer, deparei-me com algumas situações que me levam a acreditar que poderão ser alguns dos motivos desta interdição. As estradas não têm qualquer iluminação, os únicos focos de luzes que encontramos são dos carros ou de algumas lojas. Há muitas bicicletas e motas a circular a esta hora, mas sem qualquer sinalização ou faróis ligados. Além disso, há muitos pássaros (não consegui perceber o que eram), grandes, a voar muito próximo da estrada e dos carros. Embora estas questões obriguem a uma atenção redobrada na condução, para mim, algo mais importante e até assustador, são as pessoas a caminhar. Conseguimos encontrar imensas pessoas a andar nas faixas de rodagem, uma vez que não há passeios. Caminham no sentido dos carros, sem sinalização e atravessam o caminho sem qualquer alerta. Só pelo facto de não haver iluminação e a probabilidade de encontrar alguém a caminhar na estrada ser elevada, são razões válidas de segurança!

O objectivo da viagem foi a presença numa feira organizada pela SIDO – Small Industries Development Organisation, parceira da VSO e T-LED. O intuito é facilitar o contato entre as empresas e investidores e clientes. Através do T-LED estiveram presentes 21 empresas do ramo alimentar. Tentei perceber o número total de empresas, pois a SIDO irá enviar um relatório do evento, mas sem qualquer previsão de entrega. Embora o projecto onde estou esteja direcionado apenas para empresas alimentares, na feira encontrávamos empresas de diferentes sectores desde roupa, acessórios, cosmética ou produtos medicinais.

 

Desta forma tive oportunidade de conhecer muitos empreendedores e ainda provar algumas das iguarias! A grande maioria das empresas alimentares produz mel, bolos ou queques e ainda fruta desidratada.

As crianças queriam sempre estar próximo de nós (voluntários internacionais) e, mais uma vez, gostavam de tirar fotos. 

 

 

Mas o que eles verdadeiramente queriam eram guloseimas.

 

 

 

Gostaria de ter oportunidade de conversar com calma e tempo com as empresas mas, naturalmente, os empresários estavam mais focados em vender e criar parcerias. De qualquer forma havia sempre tempo para uma fotografia entre negociações.

 

 

 

 

 3 meses na primeira pessoa



3 meses na primeira pessoa é um blogue escrito pela Isabel Relvas Ferreira, senior manager da Randstad Portugal. Uma experiência que é partilhada de uma forma muito pessoal, revelando assimetrias mas também o verdadeiro potencial do ser humano.



 A Isabel integrou um programa de voluntariado internacional através da parceria entre a Randstad e a VSO (Voluntary Service Overseas). Estará na Tanzânia durante 3 meses (setembro a dezembro 2018) como Marketing Advisor inserida no programa T-LED (The Tanzania Local Enterprise Development), a dar apoio a Pequenas e Médias Empresas.

A VSO é uma ONG com a missão de “Um mundo sem probreza”. Tem parceria com diferentes empresas, nomeadamente com a Randstad, há cerca de 14 anos, que possibilita aos colaboradores prestarem um serviço de voluntariado internacional de acordo com a sua área de especialização.

Mais informações sobre a VSO https://www.vsointernational.org/

O T-LED apoia PME para um crescimento económico sustentado e de igualdade de género. A maioria das empresas é do sector Agro e detida por mulheres. Mais informação sobre T-LED project em http://www.t-led.co.tz/