• A taxa de desemprego em agosto de 2024 foi de 6,4%, com 347.700 pessoas desempregadas, após uma queda de 0,1 p.p. em relação ao mês anterior.

 

  • Em relação ao emprego, houve um aumento de 11.200 pessoas empregadas (+0,2%) em agosto, com o número total de pessoas empregadas a superar os 5 milhões, mas as ofertas de emprego diminuíram 16,6% em relação ao ano anterior.

 

  • Os dados do IEFP mostraram uma tendência diferente à mostrada pelos dados do INE. Assim, agosto de 2024 foi o segundo pior agosto dos últimos 10 anos.

 

 

A Randstad acaba de publicar a sua análise aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de agosto de 2024. 

 

Os dados do INE mostram que a taxa de desemprego decresceu 0,1 p.p, situando-se nos 6,4%, e que são agora 347.700 as pessoas em situação de desemprego. Já no que diz respeito ao emprego, contrariamente ao mês passado, foi registado um aumento de 11.200 pessoas (+0,2%), continuando assim o número de pessoas empregadas a superar os 5 milhões. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o número de pessoas empregadas aumentou em 44.800 profissionais (0,9%). 

 

No mês de agosto, face a julho, 1.100 homens e 500 mulheres deixaram de estar em situação de desemprego. Avaliando por faixa etária, o número de pessoas desempregadas aumentou nos adultos, mais 4.100, e diminui nos jovens, com menos 5.600 desempregados. Se a análise for feita em comparação com o período homólogo, o desemprego diminuiu nos grupos populacionais das mulheres (-3.500 pessoas; -1,9%) e dos jovens (-11.800 pessoas; -14,5%). E aumentou para os homens (9.700 pessoas; 6,0%) e adultos (18.100 pessoas; 7,0%). 

 

Pelo contrário, os dados estatísticos partilhados pelos Centros de Emprego Nacionais (IEFP), demonstram que este foi o segundo pior agosto dos últimos 10 anos, com um aumento mensal superior aos 8 mil desempregados quando comparado com o mês anterior. Foi apenas superado por agosto do ano passado que contou com mais de 11 mil desempregados face ao mês anterior. 

 

Segundo os dados do IEFP, os meses de agosto são caracterizados por aumentos do desemprego registado. Em média, nos últimos 20 anos, entre julho e agosto, dá-se um aumento de quase 6 mil pessoas desempregadas, mas este ano o aumento mensal foi superior aos 8 mil desempregados registados, quando comparado com julho.

As variáveis do IEFP, mostram também que o crescimento homólogo do desemprego registado foi comum em quase todas as regiões do país, sendo mais intenso na Região Metropolitana de Lisboa (8.245 pessoas; 8,2%), na Região Norte (7.052 pessoas; 6,0%) e no Centro (2.921 pessoas; 7,1%). Houve apenas uma diminuição do desemprego na Região Autónoma da Madeira (-749 pessoas; -10,1%) e nos Açores (-575 pessoas; -11,9%). Comparativamente ao mês anterior a situação foi diferente, diminuindo o desemprego registado no Algarve (-404 pessoas; -4,0%) e nas Regiões Autónomas de Açores (-102 pessoas; -2,3%) e da Madeira (-55 pessoas; -0,8%). 

 

“Apesar de agosto ser naturalmente um mês de silly season, os números publicados mostram uma tendência positiva, com o emprego a aumentar e a taxa de desemprego a descer. Esta análise deve ser completamente com os dados do IEFP, que mostram uma tendência contraria. Ainda assim, é importante acompanhar estes numeros que nos permitem compreender o comportamento do mercado de trabalho e a sua evolução e assim ajudar as empresas a definir as suas estratégias de atração de talento”, explica Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal. 

 

Estes e outros indicadores podem ser analisados no documento em anexo. 

 

Para mais informações, consulte o site  https://www.randstad.pt/randstad-research/