Atuando no sector da indústria automóvel, em termos de negócio, a aposta da Mahle é na inovação ligada à eficiência ambiental, à mobilidade e à conectividade permanente. Para o conseguirem, Filipe Gomes garante que «as pessoas são o pilar básico». Por isso, é uma empresa que valoriza os colaboradores e tenta criar condições para que se sintam comprometidas, apaixonadas e motivadas.

2018

quais os principais desafios para este ano no sector da indústria automóvel?

A indústria automóvel, como vários outros sectores, tem que estar em permanente evolução, nomeadamente em termos da inovação dos seus produtos. Intrinsecamente ligadas com este tópico, estão questões relacionadas com eficiência ambiental, com novos conceitos de mobilidade, com a conectividade permanente exigida pelos condutores, entre outros. 

qual é o principal foco da estratégia da Mahle para Portugal?

A fábrica da Mahle em Portugal continuará numa trajetória de consolidação, estando previstos vários investimentos no sentido da evolução tecnológica e resposta aos desafios referidos.

o que podem esperar os vossos clientes?

Os nossos clientes podem esperar compromisso por parte da nossa equipa: com a qualidade dos nossos produtos, com a fiabilidade das nossas entregas e com uma atitude proactiva, no sentido da busca permanente de soluções que se traduzam em situações de ganho para todos.

em termos de negócio, que objetivos se propõem alcançar?

Pretendemos manter a rentabilidade do negócio dentro dos padrões que têm sido habituais nos últimos anos, apostando nas pessoas e investindo de forma adequada.

 

gestão de pessoas

qual a importância das pessoas e da gestão de pessoas na vossa estratégia?

Sendo quase um lugar-comum, a verdade é que as pessoas são o pilar básico da nossa organização. Decorrente disso, tentamos sempre adoptar estratégias que valorizem os colaboradores, quer do ponto de vista profissional quer pessoal, proporcionando as melhores condições para o seu sucesso.

já integraram lista das melhores empresas para trabalhar em Portugal. O que acha que o justifica?

Somos uma empresa que valoriza as pessoas e que tenta criar condições para que estas se sintam comprometidas, apaixonadas e motivadas. Desde pequenas coisas, como a celebração de dias especiais até uma política forte na área da segurança no trabalho, passando pelas oportunidades profissionais, pela autonomia ou pelo reconhecimento, são tudo práticas que acabam por fazer a diferença. Para além disso, temos um pacote de benefícios muito atrativo e uma política de responsabilidade social também muito valorizada.

estudos falam de uma guerra de talento, em especial por perfis tecnológicos. E a inovação é fundamental na área em que actuam. Sentem esta pressão? Como estão a dar resposta a este desafio?

Sentimos claramente essa pressão e encaramo-la até como um ponto positivo, pois traduz o forte desenvolvimento que estas áreas têm tido na nossa sociedade. Tentamos, naturalmente, captar e reter esses e outros perfis, através das políticas anteriormente referidas.

 

 

portugal

considera que a legislação laboral está adequada às necessidades das organizações?

De uma forma geral, considero que a actual legislação laboral está adequada às necessidades das organizações. Existem naturamente pontos que podem e devem ser melhorados.

está prevista uma nova subida do salário mínimo nacional em Portugal para 2018, para 580 euros. Como encaram esta subida?

A subida do ordenado mínimo é uma situação natural. Tem, é claro, impacto na competitividade das empresas – e do país, de forma geral –, pelo que deveria acontecer de forma ponderada e assegurando a sustentabilidade destas.

como acha que podemos ser competitivos e atrair os melhores talentos para o nosso país?

O país deve apostar claramente na educação. Temos já hoje recursos altamente qualificados e disputados, mas a via da educação é essencial. Portugal oferece condições naturais de atratividade e terá que as complementar com a capacidade de criar empresas inovadoras e que ofereçam condições de desenvolvimento profissional.

E Portugal continua a ser atrativo para o investimento de grandes grupos? O que temos de melhor e pior nesta área?

De uma forma geral sim. Temos recursos humanos qualificados e dedicados, temos uma boa capacidade de resolução de problemas e de criação de soluções. A estabilidade política de longo prazo, no sentido de serem assumidos compromissos em sectores estratégicos, que não mudem a cada quatro anos, é talvez o fator que temos que trabalhar melhor.

como se posiciona a Mahle Portugal no grupo? 

A Mahle Portugal é uma empresa de referência dentro do grupo em vários domínios, sendo isso mesmo reconhecido pela nossa casa-mãe.

 

 

biografia

Licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, iniciou o seu percurso profissional em 1992, na Cabelauto - Cabos para Automóveis, S.A., como responsável de uma linha de produção. 

Volvidos dois anos, iniciou o seu percurso na área de Logística, na mesma empresa, como Team Leader e em 1999 assumiu a função de Logistics Manager. Ainda na Cabelauto, assumiu também responsabilidades nas áreas Comercial  e da Qualidade, tendo igualmente colaborado no seu processo de internacionalização. 

Foi em 2003 que Filipe Gomes integrou a MAHLE Componentes de Motores S.A, como Logistics Manager. Mais tarde, assumiria também responsabilidades de âmbito global, na área de Compras e, em 2013, assumiu o cargo de Plant Manager da organização, funções que desempenha até hoje.